Web Summit Rio: “Cripto é democrática, sem promessas”, diz CEO da Transfero

Thiago Cesar fala sobre a adoção cripto na América Latina e sobre a suposta morte do mercado cripto

Por Redação  /  8 de maio de 2023
Foto: Reprodução/ Flickr – Web Summit Rio Foto: Reprodução/ Flickr – Web Summit Rio

O Web Summit Rio 2023 terminou na última quinta-feira (04), depois de reunir mais de 21 mil pessoas no Riocentro. Com a presença de empresas do mercado cripto, como a Transfero, o futuro do setor foi discutido em painéis como “What’s next for crypto in Latin America?”.

De acordo com o CEO da Transfero, Thiago Cesar, a adoção cripto no Brasil se difere de outros países que fazem parte da América Latina. Ele fez uma comparação entre o setor cripto e o mercado de ações para explicar como funciona o sistema financeiro brasileiro.

Thiago ainda falou sobre adoção cripto, e inclusão financeira por meio do mercado de criptomoedas. Ao lado dele, participaram a cofundadora da Tezos, Kathleen Breitman, e o editor de opinião do Cointelegraph, Rudy Takala.

Cripto no Web Summit Rio

O mercado cripto brasileiro protagonizou importantes discussões no Web Summit Rio 2023. Do real digital ao uso de stablecoins, como o BRZ, o evento de tecnologia foi palco de palestras sobre o futuro desses ativos.

Sendo assim, durante o painel “What’s next for crypto in Latin America?”, Thiago falou sobre a taxação de operações no mercado de ações no Brasil. Ele comparou com o cenário internacional, para explicar o grande interesse de brasileiros no mercado de investimentos.

“No Brasil você não tem impostos, por exemplo, no mercado de ações internacional. O Brasil tem o controle de capital, e as únicas ações que você pode comprar no Brasil são (negociadas pelo) mercado local.”

Democratizando o mercado financeiro

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Thiago César, CEO da Transfero (Foto: Reprodução/Transfero)

Ao mesmo tempo que falava sobre o mercado de ações no Brasil, o CEO da Transfero pontuou sobre como o mercado cripto representa uma democratização ao acesso ao mercado financeiro no país.

“Sem promessas”, o mercado cripto oferece ferramentas financeiras que, até então, eram restritas ao sistema financeiro tradicional. Para Thiago Cesar, as criptomoedas não somente representam essa democratização como também podem ser usadas como acesso a novos mercados e ativos financeiros.

“O que significa que no Brasil não temos muitas opções de acesso a instrumentos financeiros. Em todo o mundo, a criptografia é o oposto disso, a criptografia é democrática, sem promessas. No (mercado) brasileiro, só precisamos de exchanges, uma moeda local de cripto e tudo pronto para a exposição de novas classes de ativos.”

Tezos no Web Summit Rio

A regulação do mercado cripto também foi pautada no mesmo painel durante o Web Summit Rio. Para a cofundadora da Tezos, existe uma semelhança entre o processo regulatório do setor nos Estados Unidos e no Brasil.

Além disso, Katherine comparou a regulação do setor na Inglaterra com os demais países citados por ela anteriormente. Morando em Londres, ela fala que o princípio regulatório do mercado cripto deve ser mais claro, já que em alguns países esse processo apresenta “mensagens confusas”.

“Estou mais familiarizado com Londres, onde moro. O ambiente regulatório é muito semelhante. É realmente difícil gostar de investir em um lugar se você estiver recebendo mensagens confusas. Portanto, a clareza é, eu acho, o mantra de praticamente qualquer líder neste setor.”

A morte do mercado cripto pela Transfero

A cada vez que o mercado cripto enfrenta uma forte desvalorização, entrando no cenário de bear market, a morte do setor é um dos assuntos mais comentados na internet. Para abordar esse tema, a Transfero organizou o painel “Is crypto dead?” no Web Summit Rio 2023.

O painel também foi comandado por Thiago Cesar, em uma apresentação que encerrou a participação da Transfero no Web Summit Rio 2023, na última quinta-feira (04).

Dessa forma, Thiago explicou durante o painel, que o bitcoin sofreu uma forte correlação com o mercado financeiro tradicional, o que aconteceu antes do bear market.

No entanto, a crise bancária vivenciada recentemente nos Estados Unidos mudou essa correlação. Ou seja, mais uma vez, o bitcoin se transformou em um investimento alternativo, ou ainda, uma reserva de valor, que evidencia a força do mercado cripto, como um todo.

“O bitcoin já teve uma grande correlação , mas perdeu a correlação com os mercados tradicionais. Vimos pela primeira vez os bancos quebrando e o bitcoin subindo em termos de dólares americanos. O mercado de criptografia ainda está forte.”

Fique por dentro de tudo que aconteceu no Web Summit Rio sobre o mercado cripto, clicando aqui. Neste link, você pode conferir mais informações sobre a presença da Transfero no evento de tecnologia.


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