O que é bitcoin?


Primeira moeda digital descentralizada do mercado, o bitcoin é o criptoativo mais conhecido em todo o mundo e tem características específicas, como o limite de emissão. Saiba o que é bitcoin, como investir e acompanhar sua cotação

O bitcoin (BTC) foi a primeira moeda digital descentralizada, ou seja, não emitida por um banco central e sem controle por parte de nenhum governo. Isso quer dizer que o BTC pode ser usado por qualquer pessoa, em transações globais, sem a necessidade de intermediários. 

Além da descentralização, a diferença do bitcoin e do dinheiro tradicional é que não existem cédulas ou moedas físicas e cada BTC é formado a partir de um código único, sendo totalmente digital. 

Outro ponto é que o bitcoin é uma moeda limitada – isso quer dizer que, ao contrário do dinheiro fiduciário, como o dólar ou mesmo o real, não haverá emissão de novos BTC se os países sentirem essa necessidade, sendo esta emissão limitada a 21 milhões de unidades. 

O BTC se baseia em uma rede ponto a ponto (P2P, do inglês, peer to peer), idealizada por Satoshi Nakamoto, com um protocolo público de código aberto. Esse código estipula como limite da emissão do bitcoin, além de estabelecer regras para mineração, transações e integração de outros projetos na blockchain do Bitcoin.

Como o bitcoin surgiu?

O bitcoin foi criado em 2009 pela lendária figura de Satoshi Nakamoto – cuja identidade não é conhecida – que, meses antes (em 2008) divulgou um documento (A Peer-to-Peer Electronic Cash System) em um grupo de discussão na internet, descrevendo todo o seu funcionamento. 

Alguns meses depois, Satoshi Nakamoto apresentou a primeira versão do software e convidou outros desenvolvedores a participarem do processo.

A primeira transação comercial com bitcoin aconteceu em 22 de maio de 2010. Na ocasião, um usuário comprou duas pizzas por 10 mil bitcoin! Mas, a primeira operação, de fato, aconteceu antes, em 12 de janeiro de 2009. Na ocasião, Satoshi Nakamoto fez uma transferência para Hal Finney, um desenvolvedor de games que apoiava a criação da moeda digital descentralizada.

Como o bitcoin funciona?

O bitcoin existe no ambiente virtual e a sua segurança é garantida pela blockchain, cuja estrutura se assemelha a uma corrente de dados.

No caso, os dados são blocos criptografados, que precisam que a rede resolva um problema matemático para que possam se ligar aos demais e formar a corrente (ou blockchain). 

Cada bloco tem o seu próprio código e o código do anterior, o que possibilita a conexão e garante que não ocorreu violação. 

O trabalho de validação desses códigos é conhecido como mineração. Em média, a cada 10 minutos é minerado um novo bloco, e a dificuldade aumenta de forma automática a cada 2.016 blocos. Ou seja, aproximadamente a cada duas semanas, em sincronia com a taxa de hash da rede. 

No entanto, a dificuldade de mineração vem aumentando, conforme a quantidade de poder de computação na rede, uma taxa conhecida como hashrate. Ou seja, à medida que equipamentos com maior poder de computação se conectam à rede, a atividade se torna mais difícil.

O que é o halving do bitcoin?

Além do aumento da dificuldade da mineração, a cada quatro anos o bitcoin passa pelo halving, evento em que a recompensa por mineração é cortada pela metade. 

Esse evento faz parte da programação idealizada por Satoshi Nakamoto, que criou o sistema com a intenção de garantir a escassez programada da criptomoeda e, portanto, a sua valorização. 

A ideia foi garantir a reserva de valor do bitcoin, muitas vezes comparado ao ouro (justamente por causa da escassez decorrente do estoque limitado).

O próximo halving do bitcoin acontecerá por volta de abril de 2024. Nesse momento, a recompensa por cada bloco minerado na blockchain da criptomoeda será reduzida pela metade. Portanto, a partir dessa data cada bloco minerado receberá 3,125 bitcoin.

O último halving do bitcoin aconteceu em 2020. Naquele momento, a recompensa na atividade de mienração foi reduzida para 6,25 BTC.

Como minerar bitcoin?

O termo mineração vem de extração, ou seja, do processo de remuneração dos operadores responsáveis por validar as transações realizadas na rede bitcoin. Os mineradores são os proprietários dos equipamentos que trabalham para verificar, transmitir e registrar as transações no blockchain. 

As transações são agrupadas em blocos e a validação do registro depende da resolução de cálculos aplicados pelo protocolo, como um enigma. Após sua resolução, um novo bloco de transações é adicionado ao blockchain. O processo de mineração de bitcoin tem como objetivo manter a integridade e a segurança das movimentações e remunera os mineradores com as novas moedas que são geradas a cada bloco.

É impossível lucrar com a mineração na rede bitcoin utilizando o processamento de um computador pessoal e de poucas placas de vídeo, pois a mineração foi projetada para ser um processo competitivo, atualmente controlado por milhares de datacenters especializados espalhados pelo planeta. Além disso, os altos custos relativos ao consumo de energia elétrica inviabilizam a operação sem ganhos de escala.

Em outras palavras, a mineração é praticamente um processo industrial, executado por empresas altamente especializadas, que normalmente se instalam em localidades onde o custo de energia elétrica é mais interessante. Minerar bitcoin em casa, atualmente, é impossível – pode até ser possível, dependendo do equipamento, mas o custo da operação é tão elevado que não compensa. 

Como comprar bitcoin?

É possível comprar (e vender) bitcoin nas corretoras especializadas, como o Transfero App, ou diretamente com outros usuários através de transações P2P.

Vale esclarecer que não é preciso adquirir 1 BTC em uma compra – existem frações de bitcoin, conhecidas como “satoshis”. Ou seja, para entrar nesse mercado não é necessário começar com um montante mínimo. A menor fração de 1 bitcoin é 1 satoshi, equivalente a 0,000000001 BTC.

Mas, além disso, outra possibilidade para investir em bitcoin é por meio de fundos de investimento e ETFs. Existem diversas opções disponíveis via plataformas de investimento.

Vale esclarecer que o bitcoin é uma moeda que enfrenta volatilidade, como qualquer outro ativo. Assim, para investir em bitcoin é importante acompanhar o mercado e ter atenção aos momentos de baixa, que representam uma oportunidade de compra.

Qual é a cotação do bitcoin hoje?

Veja o gráfico da última semana com o preço do bitcoin:

Como é feita a cotação do bitcoin?

A cotação do bitcoin é baseada no preço das últimas negociações realizadas no mercado, que funciona globalmente,  24 horas por dia, sete dias por semana.

Muito semelhante à formação de preço de uma commodity, a cotação do bitcoin sobe ou cai de acordo com a relação entre oferta e demanda.

Como acompanhar a cotação do bitcoin?

Na prática, não há um preço único do bitcoin. O preço apresentado em alguns serviços, como oTradingView, é uma média ponderada do preço nas principais exchanges do mercado. Assim, pode haver diferenças de valores entre exchanges, o que permite arbitragem nos preços entre elas.

Existem serviços como o Coin Trade Monitor que mostram quais são as oportunidades de arbitragem, muito utilizados em estratégias de trading.

Para saber mais sobre o bitcoin e oportunidades de compra, confira a última análise feita pelos especialistas da Transfero. Segundo eles, existe possibilidade de alta no curto prazo.

Recorde de preço do bitcoin

Historicamente, o preço do bitcoin renova sua máxima no mercado cripto logo após o halving acontecer. No penúltimo halving, por exemplo, que aconteceu em 2016, a criptomoeda subiu até cerca de US$ 20 mil através do par BTC/USD.

Depois disso, o bitcoin precisou de mais quatro anos e um halving para registrar um novo recorde de preço. Isso aconteceu em 2021, mais precisamente em novembro, quando o BTC se aproximou de US$ 69 mil no mercado cripto.

Sendo assim, com a expectativa do halving 2024, especialistas apontam que o bitcoin vivenciará um novo recorde de preço. Dessa vez, a criptomoeda poderá ultrapassar US$ 100 mil, segundo as principais previsões de preço.

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