Ecossistema brasileiro de cripto tem enorme potencial a ser explorado

Empresas como a Transfero estão conectando empreendedores estrangeiros ao mercado brasileiro, ampliando as possibilidades do mercado

Por Redação  /  15 de março de 2022
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O ecossistema brasileiro de cripto está bastante avançado, mas ainda há um imenso potencial a ser explorado no Brasil. Os estrangeiros estão de olho nisso e as empresas brasileiras precisam se preparar para receber esses novos investimentos.

Essa foi uma das conclusões do painel sobre o ecossistema brasileiro de cripto, no primeiro dia do Ethereum.Rio, realizado no Museu do Amanhã, na cidade do Rio. 

“Existem talentos e oportunidades no mercado cripto brasileiro e nós na Transfero buscamos conectar os brasileiros com essas oportunidades ”, destacou o diretor de Produtos e Parcerias da Transfero, Safiri Felix.

O head de Research da exchange Mercado Bitcoin, André Franco, foi na mesma linha. Segundo ele, é necessário desenvolver o mercado brasileiro, pois os estrangeiros estão de olho nas oportunidades que estão aparecendo no país.

A regulação é um dos pontos que pode ajudar nessa vinda do investimento estrangeiro. Segundo Felix, hoje já se tem mais clareza do que se pode fazer no mercado brasileiro. Além disso, o sistema de pagamentos Pix, que popularizou o QRcode e os pagamentos digitais, favorece a adoção de tokens e moedas em blockchains.

Perfil do ecossistema brasileiro de cripto está mudando

Embora ainda predominantemente masculino e concentrado na faixa dos 35 anos, o perfil do investidor de criptomoedas está mudando no país. As mulheres, por exemplo, estão aumentando sua atuação. “E elas são melhores investidores que os homens”, comentou Rocelo Lopes, da Bluetoken.

Para ele, ainda é necessário que as empresas cripto deem um passo adiante para simplificar o uso das plataformas. Com isso, mais pessoas poderiam estar acessando e conhecendo o mercado.

Em relação ao restante da América Latina, o mercado brasileiro está mais desenvolvido, mas o mindset das empresas no Brasil e nos restante dos países da região é bastante diferente. Enquanto no Brasil, o foco é o país, no restante da América Latina, a visão predominante é do investimento regional. 

A Transfero, por exemplo, está escalando para outros países da região de olho nas oportunidades – até maiores que no mercado brasileiro – devido ao maior controle de capital e dificuldades de acesso ao mercado global de criptoativos existentes nesses países. 

“Estamos levando para o restante da região as mesmas ofertas que já estão ajudando empresas e investidores a acessar o mercado brasileiro”, conta Safiri.


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