Labitconf 2022: regulação, DeFi e as impressões de quem participou do evento na Argentina

Rodrigo Stallone, diretor de novos negócios da Transfero, esteve presente na 10ª edição da Labitconf e detalhou o evento em Buenos Aires

Por Rodrigo Stallone  /  18 de novembro de 2022
Rodrigo Stallone Rodrigo Stallone

A Labitconf, um dos maiores eventos cripto da América Latina, aconteceu no último final de semana em Buenos Aires, na Argentina. Assim como nas outras edições, o evento se mostrou completo.

Dos diversos temas do mundo cripto, nenhum ficou de fora: DeFi, CeFi, NFT, Metaverso, stablecoins e o futuro do mercado, todos esses temas foram abordados ao longo dos três dias de evento.

Ao entrar no complexo, onde três grandes galpões formavam a estrutura do evento, logo se via que ali havia algo para todos os gostos e interesses dentro do mercado cripto.

Na primeira parte, os projetos de GameFi e criação de comunidade estavam à disposição para quem quisesse se conectar.

Ao mesmo tempo, inúmeras obras de arte iam sendo criadas e, em tempo real, dando vida a NFTs. No último dia foram destruídas e leiloadas, fechando com chave de ouro a ideia de uma arte digital não fungível.

No próximo galpão, as empresas tinham seus estandes distribuídos em cerca de 5 mil m2 de espaço. Ali, era onde os grandes negócios estavam acontecendo.

As principais exchanges, instituições de pagamento e soluções web 3.0 se conectavam em um labirinto de estandes.

As grandes filas, as trocas de cartões corporativos e os sorteios produziam aquele som característico de um local em que todos estão em busca de oportunidades de negócios. Era difícil andar sem ser abordado por alguém perguntando: “Que haces tu compañía?”.

No meio desse galpão estava o estande da Transfero, uma das patrocinadoras do Labitconf 22, que atraía mais e mais pessoas de países com um sistema financeiro complexo e burocrático, curiosos para entender melhor os serviços da Transfero.

labitconf

Queriam saber, por exemplo, como uma stablecoin como o BRZ poderia ajudá-los em seus negócios, mas sempre saboreando o tradicional cafezinho brasileiro servido no estande.

O último espaço do complexo era destinado para as palestras, em que duas delas contaram com a participação da Transfero. Thiago Rüdiger, diretor da empresa, debateu sobre as oportunidades que as stablecoins oferecem para os países na América Latina.

Enquanto eu, Rodrigo Stallone, ministrei um workshop para apresentar mais detalhes sobre o momento atual das stablecoins, abordando o cenário regulatório e o ímpeto dos bancos centrais ao redor do mundo pela criação das CBDCs.

Em outros painéis, também se falou muito sobre o bear market de cripto, NFTs, DeFi, GameFi, regulação e, é claro, a FTX.

Enquanto para alguns a sensação era de que paradigmas iam se quebrando, para outros, novas oportunidades estavam surgindo.

Foi assim em um dos painéis mais interessantes da Labitconf 22, onde executivos de projetos de DeFi e CeFi debateram sobre os controles necessários para que o ocorrido com FTX não se repetisse.

Com um sentimento de superioridade, os protocolos de DeFi tinham em seus discursos o moralismo do “bem que eu avisei”.

Enquanto os executivos de projetos CeFi, um pouco mais tímidos, reforçavam a chegada da regulação mais ativa e, dessa forma, os recursos institucionais registrariam volumes cada vez maiores.

O interessante foi perceber que, apesar do momento conturbado das últimas semanas, não havia dúvida de que o navio cripto continuaria navegando

As impressões da Labitconf não poderiam ter sido melhores. O que dizer de um evento que contou até mesmo com a participação de Vitalik Buterin?

Hoje, posso dizer que o evento é uma parada obrigatória para quem quer ver e entender o que a América Latina está fazendo sobre o mercado de cripto. Sem dúvidas, voltaremos em 2023.


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