BC estuda modelo de Pix internacional, mas stablecoins podem ser alternativa

Ainda em fase de estudos, o Pix internacional deve proporcionar transações mais rápidas e simples entre diferentes países (coisa que as stablecoins já fazem)

Por Redação  /  22 de fevereiro de 2023
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Um relatório da empresa norte-americana ACI Worldwide aponta que até 2026 os pagamentos em tempo real vão responder por um quarto de todas as transações eletrônicas no mundo. No Brasil, o estudo mostra que o Pix vai representar 56,8% do total das operações. 

Países como Índia, China, Reino Unido, Austrália e Estados Unidos já utilizam métodos instantâneos de pagamento. No entanto, existe um desafio – que é justamente integrar um sistema que funcione internacionalmente.

O Nexus, um sistema desenvolvido pelo Bank of International Settlements (BIS), promete integrar países que já contam com meios instantâneos de transferência, facilitando transações internacionais. Ainda em fase de testes, o sistema poderá unir mais de 60 países, proporcionando transações mais rápidas e simples entre as diferentes nações e moedas.

Apenas como comparação, hoje, o sistema vigente (SWIFT) tem um tempo de análise (e aprovação) que pode levar até dois dias úteis, enquanto um Pix pode ser aprovado em cerca de um minuto.

De qualquer forma, o Pix internacional deve ser aprovado em fase de testes entre 2023 e 2024, sendo que depois disso cada um dos países integrantes terá que criar suas estratégias de implementação.

Mas, não é justamente isso o que as stablecoins já fazem? 

Sim, as stablecoins permitem que seus usuários façam transações mais rápidas, com menor custo. Além da segurança garantida pela blockchain, as moedas digitais são descentralizadas, o que significa que podem ser negociadas sem a intervenção de terceiros – portanto, o custo de qualquer transação é reduzido.

Além disso, as transações podem ser feitas 24 horas, independentemente da localização do usuário. Um detentor de BRZ, por exemplo, pode viabilizar compras em outros países, com menores taxas e maior agilidade. 

Um exemplo disso é o caso do empreendedor brasileiro Lucas Heringer, que usa BRZ aliado ao protocolo Jarvis, que faz parte do ecossistema da rede Polygon, para viabilizar o seu negócio de importação. “Assim que eu vendo os produtos, coleto o dinheiro, deposito na Transfero, e já vira tudo BRZ automaticamente, sem taxas”, disse ele, em entrevista ao PanoramaCrypto

Este é apenas um dos casos de uso que demonstram que as transações internacionais com stablecoins são seguras e rápidas – justamente o que o Pix internacional se propõe a fazer, mas que na realidade já existe. 

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