Transfero Academy busca parceiros

Formação especializada garante mais chances de ingresso no mercado; para aumentar a quantidade de vagas, Transfero busca parceiros para a iniciativa

Por Redação  /  5 de setembro de 2022
DA ESQ. P/DIREITA – Xavier Leclerc, Flávio Paranhos, Mathieu Le Roux e Paulo Rosa DA ESQ. P/DIREITA – Xavier Leclerc, Flávio Paranhos, Mathieu Le Roux e Paulo Rosa

Baseada em sua experiência bem-sucedida, a Transfero Academy, que forma profissionais para o mercado cripto, está em busca de patrocinadores para o projeto. O coordenador andragógico da iniciativa, Flávio Paranhos, explica que esta é uma boa oportunidade para multinacionais ou grandes empresas ligadas ao mercado financeiro associarem sua marca a um projeto inclusivo, que se preocupa com a formação de jovens de diversas classes sociais em tecnologia.

“A empresa parceira vai ganhar visibilidade, não só por contribuir com a formação, mas por apoiar um projeto de inclusão social. Não é preciso ter graduação para participar do programa, o que atrai diversas camadas sociais”, argumentou Paranhos, que participou em 3/9 do painel ‘Novas formas de formar programadores’, no Hacking.Rio, evento organizado dentro do BlockchaIn Rio Festival, no Rio de Janeiro.

Gap de 800 mil programadores

À medida que cresce no mercado, a Transfero enfrenta um gap de profissionais especializados na área de tecnologia, por isso investe em formação para a própria empresa. A preocupação não é infundada. Até 2025, faltarão 800 mil programadores no Brasil, segundo afirmou o moderador do evento, Xavier Leclerc, diretor da .Futuro, empresa especializada em eventos de tecnologia. Leclerc baseou-se em estudo divulgado pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom).

Os participantes do painel dividiram as mesmas preocupações em relação ao mercado de trabalho. E as iniciativas de educação têm gerado bons frutos. Segundo Mathieu le Roux, co-fundador da escola técnica Le Wagon Latam, cerca de 70% dos alunos tornam-se programadores e 30%, empreendedores.

É preciso expandir a Transfero Academy

No modelo presencial, o primeiro curso da Transfero Academy começou em fevereiro deste ano, com 15 alunos, dos quais 13 foram contratados pela empresa. A segunda turma, iniciada em julho, encerrará o curso até janeiro de 2023. Além de o curso ser gratuito, a empresa oferece uma bolsa mensal e ajuda de custo. A ideia de buscar parceiros patrocinadores é justamente para expandir o alcance dos cursos, pois só para a segunda turma, foram 900 candidatos.

Para Paranhos, são boas as chances de ingressar no mercado. As inscrições são feitas no site da empresa.

“O programador tem que ter uma visão disruptiva, a Web 3.0 hoje é uma realidade.  Deve deixar de pensar em modelos tradicionais. Deve ser apaixonado por tecnologia, mesmo que não tenha formação anterior na área. Há muitos profissionais trocando de profissão. Precisa ter a vontade de aprender”, explicou o coordenador. “É como estudar idiomas. Você vai aprender a falar o que o computador deve fazer”, acrescentou.

Aluna elogia o curso

A aluna Clarice Hatischuili, uma mulher trans de 21 anos, está muito satisfeita com o curso e com o ambiente acolhedor. Ela estuda Filosofia na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), mas pensa em migrar para outro curso na área de computação. E, desde já, quer ser programadora.

“As aulas são muito boas e pessoas que começam do zero estão progredindo muito rápido. Mesmo as que não fizeram um boot camp (curso intensivo), como eu, aprendem rápido. É uma carreira promissora e a partir do Transfero Academy você pode se especializar em várias áreas, como contratos inteligentes, programação front-end e programação back-end”, comentou a aluna.