A economia e o próprio mercado de trabalho estão em transformação. Vários fatores contribuíram para o crescimento da demanda por soluções digitais: o mercado cripto experimentou um verdadeiro boom em 2021, as finanças descentralizadas (DeFi) ficaram no centro dos holofotes e a necessidade de segurança digital aumentou.
No entanto, todo esse crescimento evidenciou um sério problema, a falta de profissionais qualificados. A oferta de vagas no segmento cresceu, no ano passado, cerca de 400%. Mas, apesar disso, no Brasil existe um verdadeiro apagão de mão de obra qualificada para ocupar tais cargos.
A Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom) estima que 420 mil postos de trabalho devem ser abertos até 2024. Porém, no ritmo atual de formação de talentos, a perspectiva é de que o Brasil leve cerca de dez anos para formar os profissionais que o setor precisará nos próximos três anos.
Falta de talentos é ainda maior no setor de criptoativos
No mercado cripto, a carência de profissionais qualificados é ainda maior do que em outros setores, seja em razão do perfil mais específico, seja por ser um segmento ainda relativamente novo.
Mas as oportunidades existem em várias frentes de atuação. Desenvolvedores, por exemplo, podem atuar tanto na construção da arquitetura dos sistemas da empresa quanto na implementação e gestão de blockchain.
Analistas e consultores DevOps (abreviação de Desenvolvedor & Operações) Blockchain integram uma das carreiras mais importantes nesse mercado – e melhor remuneradas.
Analistas de governança (compliance), gestores de risco e profissionais de desenvolvimento de negócios também são essenciais no setor cripto. No entanto, a qualificação e a atualização constante fazem toda a diferença.
Programa da Transfero visa capacitar novos talentos
Por acreditar na importância do desenvolvimento de competências técnicas e capacitação dos colaboradores, e atenta a essa urgência do mercado, a Transfero deu início a seu programa de treinamento, o Transfero Academy.
De acordo com o Chief Strategy Officer da Transfero, Márlyson Silva, o projeto surgiu em decorrência da falta de profissionais capacitados no setor e, também, do viés educativo sempre presente na cultura da empresa. “O mercado tem falta de profissionais das áreas de tecnologia e, em especial, do setor cripto. Nós queremos formar não apenas desenvolvedores, mas profissionais aptos a serem protagonistas da sua própria história”, disse ele.
A primeira turma de talentos a participar do programa Transfero Academy já foi selecionada. Ao longo das quatro etapas de treinamento, os temas desenvolvidos serão Big Data, Análise de Dados, Python, .Net, Solidity e Rust. Além disso, os participantes contarão com mentoria de especialistas e terão a oportunidade de desenvolverem um projeto junto à equipe da Transfero.
Os talentos selecionados para o processo de treinamento receberão uma bolsa de pelo menos R$ 1 mil, variando de acordo com seu nível técnico, além de um benefício flexível de mesmo valor. Se contratados, a remuneração será a partir de R$ 3 mil, além do benefício de R$ 1 mil.
A perspectiva da Transfero é transformar o futuro dos jovens a partir da educação direcionada e formar os profissionais dentro de sua própria casa. “Até o fim deste ano, o objetivo é formar pelo menos 100 profissionais que poderão, ao término do curso, serem efetivados pela Transfero ou por um de nossos parceiros”, destacou Márlyson Silva.
Em breve a Transfero divulgará um processo seletivo para novas turmas.
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