O mercado cripto se transformou em um grande parceiro da indústria de futebol. Com importantes patrocínios na Copa do Mundo e Campeonato Brasileiro, não é difícil encontrar nos campos a logomarca de alguma empresa do setor. Sendo assim, o esporte ajudou a popularizar os fan tokens.
Conhecido por apostar em tecnologia e abraçar inovações, o mundo dos esportes foi o primeiro a usar a tokenização de ativos para negociar investimentos e de engajar comunidades. Então, times de futebol começaram a criar seus próprios ativos digitais em 2021.
Assim como o futebol, a competição Fórmula 1 atraiu a atenção do mercado cripto, tanto que empresas da indústria cripto e algumas moedas digitais anunciaram patrocínios milionários para a competição de carros mais velozes do mundo. E assim, o mercado de fan tokens foi crescendo.
O que é fan token?
Os fan token são classificados como utility token e representam a relação entre o fã e ídolo, como se este pudesse ter uma participação mais ativa na vida de atletas, times de futebol, basquete, fórmula 1, UFC, tênis, e-sports, referências da mídia, filmes, plataformas de jogos entre outros.
Assim, esses tokens podem ser uma forma de investimento e também desempenharem um importante papel de engajamento e manutenção de comunidades ao oferecerem experiências únicas e conteúdos exclusivos aos detentores. Além disso, é uma alternativa para os donos dos tokens angariar investimentos.
Apesar da semelhança, esse ativo digital é diferente de programas de sócios por causa da:
- Possibilidade de negociação;
- Valor de mercado;
- Não requer mensalidades;
- Ter preço flutuante.
Fan tokens no Brasil e no mundo
Assim como em outros países, o Brasil possui inúmeros fan tokens relacionados a times de futebol e atletas famosos. O mais valioso foi criado a partir do clube de futebol Santos.
De acordo com dados do TradingView, o Santos FC Fan Token (SANTOS) está avaliado em quase US$ 37 milhões em 2024. Além disso, há aproximadamente 5,5 milhões de unidades em circulação no mercado cripto.
O segundo maior é o Gaimin (GMXR). O ativo digital possui relação com uma plataforma de jogos, com uma capitalização de mercado de quase US$ 34 milhões.
No Brasil, outros times de futebol fizeram ações semelhantes ao Santos:
- Brazil National Football Team Fan Token (BFT);
- Flamengo Fan Token (MENGO);
- Fluminense FC Fan Token (FLU);
- Vasco da Gama Fan Token (VASCO);
- S.C. Corinthians Fan Token (SCCP);
- SE Palmeiras Fan Token (VERDAO);
- São Paulo FC Fan Token (SPFC);
- Clube Atlético Mineiro Fan Token (GALO);
- Cruzeiro Token (CRZ0);
- Fan Pass do Grêmio ($IMORTAL);
- Fan Token do Inter ($SACI).
Já no cenário internacional, alguns que se destacam são:
- Argentine Football Association Fan Token (ARG);
- Manchester City Fan Token (CITY);
- Paris Saint-Germain Fan Token (PSG);
- FC Barcelona Fan Token (BAR);
- S.S. Lazio Fan Token (LAZIO);
- FC Porto Fan Token (PORTO).
Como os times lucram com esse tipo de investimento?
A maioria dos fan tokens reverte parte do valor arrecadado para os clubes esportivos e/ou atletas envolvidos no processo.
Essa arrecadação é feita por meio de oferta inicial da moeda, conhecida pela sigla ICO no mercado cripto, e também por taxas cobradas em transações com esses ativos. Em média, o clube recebe 0,25% do valor da taxa.
Enquanto isso, os detentores podem obter rendimentos a partir da valorização do ativo digital. Além disso, existe a possibilidade de lucrar com o passe de jogadores, em projetos associados ao mecanismo da solidariedade. Nesse caso, o token funciona como uma forma de investimento em um atleta, onde o detentor do ativo digital recebe uma parte do valor negociado com a venda de um jogador, por exemplo.
Como comprar?
A plataforma Socios.com foi pioneira nesse segmento, mas outras empresas também passaram a oferecer o serviço, como a Binance e a Liqi.
Dessa forma, a compra dos fan tokens pode ser por meio de plataformas de negociação como exchanges, transações P2P, plataformas como a Socios.com ou por carteiras digitais que permitem a negociação de criptomoedas.