Como qualquer outro investimento, as criptomoedas estão sujeitas a oscilação de valores. Até mesmo títulos do Tesouro Direto podem sofrer grandes variações nas taxas em momentos de grande estresse no mercado.
O mercado de criptomoedas, embora cada vez mais popular, ainda está numa fase inicial de adoção pelo grande público. Por isso, é natural haver grandes movimentos vendedores e compradores, impactando a cotação desses ativos. Dessa forma, uma maior estabilidade só ocorrerá quando esses ativos forem tão populares quanto ações em bolsa e fizerem parte do dia-a-dia das pessoas.
Enquanto isso não acontece, os detentores de bitcoins, altcoins e outros ativos do tipo podem adotar algumas estratégias para proteger o valor de seus investimentos.
Diversificar o portfólio e os investimentos
Como todo investimento, é importante não colocar todos os ovos em uma só cesta. Então, é importante que as criptomoedas componham um percentual da carteira adequado à tolerância do investidor ao risco.
Os mais conservadores, que não toleram grandes perdas, devem comprometer um percentual menor. Já os mais arrojados tendem a dar um pouco mais de peso. Importante lembrar que o peso na carteira vai variar conforme o perfil do investidor.
Além da diversificação de ativos, uma outra estratégia é diversificar dentro das próprias criptomoedas. O Bitcoin é certamente hoje a mais popular e, via de regra, deve compor a maior parte dos investimentos em crypto. No entanto, é possível ter pequenos percentuais de outras moedas com potencial maior de valorização.
Contratação de seguros
O investidor de criptoativos também tem a opção de proteger seu investimento em criptomoedas com ativos não digitais. Uma das alternativas possíveis é comprar opções de venda fora do dinheiro para se proteger de uma queda que não só impacte o mercado cripto quanto também os ativos tradicionais. Trata-se de uma espécie de hedge. No entanto, essa alternativa, contudo, requer um conhecimento de moderado a avançado do mercado de ações e derivativos e pode estar sujeita a perdas do valor investido.
Acompanhar índices de volatilidade
É imprescindível ficar atento à volatilidade do Bitcoin em relação aos ativos do mundo real. Para aqueles que montam carteiras de investimento, a volatilidade é o índice de risco mais importante. Portanto, se a carteira atual já for muito volátil, é preciso saber a que nível de risco se quer estar exposto, já que os criptoativos podem adicionar ainda mais risco à carteira. O site Buy Bitcoin Worldwide publica a volatilidade do Bitcoin.
Stablecoins
As stablecoins oferecem estabilidade por serem criptoativos com um lastro que ajudam a estabilizá-las. Assim, elas podem ser pareadas a moeda fiduciária, commodity ou metais preciosos. Ou seja, os valores são mantidos iguais.
Essa equiparação do valor é um grande diferencial das stablecoins quando comparadas as criptomoedas tradicionais como o bitcoin (BTC) e o ethereum (ETH). Como existem diversos fatores que afetam o preço das criptomoedas e resultam em instabilidade no mercado cripto, as stablecoins funcionam como uma ferramenta de proteção.
Ao optar pela aquisição e negociação usando as stablecoins, o investidor consegue maior agilidade nos melhores momentos de compra de ativos mais especulativo, como o BTC. Além disso, a dinâmica pode trazer outras vantagens para o mercado.
Crescimento das stablecoins pode beneficiar o bitcoin
Outra consequência comum a forte volatilidade do bitcoin é a queda no volume de transações usando a criptomoeda. Em junho de 2022, o movimento do valor diário das operações com BTC ficou abaixo do total movimentado com as stablecoins pela primeira vez.
“A maioria dos usuários não quer fazer transações em criptomoedas voláteis como o bitcoin ou Ether, preferindo guardá-las. Então as stablecoins são um ótimo complemento”, disse Ryan Watkins, analista da Messari, à Bloomberg.
No entanto, esse avanço das stablecoins pode ser uma boa notícia para o bitcoin. Afinal, é comum usar esses tokens para comprar o bitcoin e outras criptomoedas quando os investidores percebem uma oportunidade no mercado.
Então, para se proteger da volatilidade no mercado de criptoativos é recomendado seguir regras semelhantes às do mercado tradicional. É preciso conhecer o funcionamento das criptomoedas e estar atento aos movimentos do mercado. Além disso, é importante investir com cautela, aproveitar momentos de baixa para fazer aportes e momentos de alta para realizar lucros.
Outra alternativa é optar por stablecoins, que ganhou muitos investidores nos últimos anos. Os principais motivos que explicam esse movimento de ter stablecoins na wallet são a volatilidade do bitcoin e a praticidade de usar o ativo para pagamentos e transferências internacionais.
Após demorar cinco anos para alcançar o patamar dos US$ 6 bilhões, o valor dobrou em apenas um semestre em 2022. O próprio BRZ, maior ativo brasileiro deste tipo, percebeu esse aumento de interesse.
Confira as vantagens de ter stablecoins em sua carteira digital!
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