Quais as diferenças entre layer 2 e layer 3 no mercado cripto?

Entenda como funcionam as layers 2 e 3 no mercado cripto oferecendo liquidez para plataformas como a Ethereum

Por Redação  /  4 de abril de 2023
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A escalabilidade é um dos maiores problemas enfrentados atualmente pelo mercado cripto. Algumas redes blockchains como a Ethereum, possui uma limitação reduzida de processamento de dados e por isso redes auxiliares foram criadas.

Também conhecidas como layer 2 e layer 3, essas camadas auxiliares possuem compatibilidade com outras plataformas blockchains, e processam transações de forma mais rápida que as redes principais.

Além de aumentar a escalabilidade de redes blockchains, layer 2 e layer representam redução de custos transacionais e, em alguns casos, uma integração com ferramentas de finanças descentralizadas (DeFi).

Uma das principais diferenças entre camadas de rede 2 e camadas de rede 3 está na interoperabilidade. As duas plataformas funcionam de forma semelhante, fora da cadeia principal, oferecendo suporte para transações registradas via blockchain.

O que são camadas de rede blockchain?

Redes blockchains são conhecidas como plataformas de desenvolvimento de aplicativos, ativos, tokens, ferramentas e iniciativas digitais através do gerenciamento descentralizado de dados.

Plataformas como Ethereum e Bitcoin, são classificadas como cadeias principais e redes auxiliares são criadas com compatibilidades com essas redes. No caso do Bitcoin, por exemplo, existe a camada 2 lightning network.

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Enquanto isso, a rede Ethereum possui inúmeros projetos de camadas 2 e 3, como o Intmax. Essas plataformas auxiliares possuem autonomia para transacionar contratos inteligentes ao mesmo tempo que valida dados na cadeia principal.

De acordo com o fundador do Intmax, Leona Hioki, a camada principal (L1) é onde todas as informações finais das transações são registradas. O Intimax é uma camada 2 voltada para a rede Ethereum, e possui interoperabilidade entre plataformas e soluções distintas ao mesmo tempo que executa contratos inteligentes.

“O L1 registra a raiz dos hashes e depósitos da transação. Do lado do usuário, a Intmax casa a transação com o armazenamento do lado do cliente com provas ZK. A prova de inclusão até a raiz é fornecida pelo sequenciador, e esta comunicação processa recursivamente o circuito zkp, tornando-o impossível pular.

O Intmax pode usar estados dos outros L2 na árvore de depósito para transferências condicionais e os processos de cunhagem. Isso permite que o Intmax tenha funcionalidade de contrato inteligente e interoperabilidade – embora seja apátrida.”

Blockchain layer 2

Os primeiros projetos de camadas auxiliares criados no mercado cripto foram as layers 2. Até então, a lightning network é uma das camadas de rede 2 mais conhecidas do mercado cripto.

Sendo assim, a principal função de uma layer 2 é aumentar a escalabilidade de um projeto blockchain. Com plataformas com poder de processamento reduzido, essas camadas proporcionam mais escalabilidade.

Além disso, projetos de layer 2 podem aumentar significativamente a rapidez na confirmação de operações registradas via blockchain. A camada 2 aumenta o poder de processamento da cadeia principal, confirmando transações em uma plataforma paralela.

A segurança também pode ser dimensionada através de projetos de layers 2. Uma rede auxiliar permite a criação de mais mecanismos de segurança além de aumentar protocolos de consenso de validação de dados.

Camada de rede 3

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Além de segurança e transparência, redes blockchains são desenvolvidas para dar suporte a um grande número de transações realizadas a cada segundo. No entanto, inúmeros projetos possuem limitações para processar esses dados e por isso redes auxiliares de camada 3 estão sendo desenvolvidas.

As camadas de rede 3 podem ser entendidas como a evolução dos projetos de layer 2 no mercado cripto. A principal diferença entre os dois conceitos está na interoperabilidade.

Enquanto projetos de layer 2 são voltados geralmente para aumentar a escalabilidade em uma cadeia principal, camadas de rede 3 são desenvolvidas para integrar ferramentas DeFi, aplicativos descentralizados (dApps).

Essas camadas possuem interoperabilidade entre blockchains distintas, criando um ecossistema totalmente descentralizado, mas integrado com os principais projetos do mercado cripto.

Tecnologia rollup

Uma das principais tecnologias usadas por projetos de layer 2 e layer 3 são rollups. Essa tecnologia permite um compilamento de dados registrados através da tecnologia blockchain, ‘impressos’ em uma cadeia off-chain, ou seja, as operações são registradas fora da cadeia principal.

Atualmente, a Polygon é uma das principais plataformas de desenvolvimento de rollups no mercado cripto. A rede está criando uma tecnologia chamada zk rollup que terá integração com dApps, projetos DeFi, além de máquinas automatizadas (AMM) e a máquina virtual Ethereum (EVM).

Dessa forma, os rollups podem ser entendidos como soluções descentralizadas capazes de compilar dados off-chain. O termo rollup remete ao entendimento de “enrolar”, o que significa agrupar transações em um bloco de dados.

Para Leona Hioki, essa tecnologia representa a evolução da tecnologia blockchain no mercado cripto. O especialista explica que projetos como o Intmax consegue manter a descentralização além de melhorar significativamente a escalabilidade da rede Ethereum.

“Estamos confiantes de que o rollup será o futuro das redes blockchain. Até agora, por comprometer a descentralização, as cadeias de alta velocidade centralizadas estão em voga, mas por utilizando rollups, a escalabilidade pode ser melhorada enquanto mantém a descentralização. Em outras palavras, a escalabilidade pode ser alcançada mantendo as partes inerentemente boas do blockchain.”

Rede Ethereum

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Embora o bitcoin seja conhecido como a principal criptomoeda do mercado cripto, a rede Ethereum é a maior plataforma de desenvolvimento de soluções descentralizadas do setor.

Por apresentar o desenvolvimento de contratos inteligentes, e ferramentas que integram soluções descentralizadas, a rede Ethereum atrai centenas de projetos que demandam alto poder de processamento de dados da plataforma.

Projeto DeFi e aplicativos dApp são desenvolvidos na rede Ethereum. Porém, a plataforma possui uma limitação de processamento de dados. Até o final de dezembro de 2022, a capacidade da rede era de 30 transações por segundo.

Contudo, atualizações estão sendo realizadas na rede Ethereum, e tudo indica, que a plataforma alcançará a capacidade de processar até 100 mil transações por segundo depois de finalizar mudanças na cadeia principal a fim de aumentar a escalabilidade.

Escalabilidade no mercado cripto

O mercado cripto evoluiu consideravelmente nos últimos anos, com o aumento de projetos e importantes atualizações relacionadas à tecnologia blockchain. Quando o mercado surgiu com a criação do bitcoin, as redes principais foram criadas com um número limitado de transações por segundo.

A rede Bitcoin, possui uma limitação de sete transações por segundo. Desse modo, a plataforma apresenta problemas de escalabilidade e precisa de camadas auxiliares para prover maior liquidez para as transações registradas na cadeia principal.

Sendo assim, as camadas de rede 2 e layer 3 foram criadas para dirimir o problema de escalabilidade das principais plataformas blockchains do mercado cripto. Por mais que atualizações estejam acontecendo, a escalabilidade ainda é um problema recorrente em cadeias principais como a Ethereum.

As layers 2 e 3 estão ganhando espaço no mercado cripto com grandes plataformas desenvolvendo seu próprio projeto. Neste link você pode conferir o projeto de camada 2 da Coinbase, chamado Base.


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