EVM: como funciona e por que é fundamental para a rede Ethereum?

Máquina virtual da rede executa contratos inteligentes e é usada para criar dApps e NFTs

Por Redação  /  5 de fevereiro de 2024
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A Ethereum Virtual Machine (EVM), ou ainda, máquina virtual da rede Ethereum, é um ecossistema virtual desenvolvido para a execução de contratos inteligentes.

Considerada uma das principais blockchains do mercado cripto, a Ethereum representa a maior plataforma de smart contracts que existe atualmente. Para executar esse tipo de transação, a plataforma utiliza uma máquina virtual, capaz de atuar no gerenciamento dos nós da rede.

Além de contratos inteligentes, a EVM possui integração com aplicativos descentralizados (dApps), além de redes blockchains secundárias compatíveis com a Ethereum, como a Polygon.

Continue a leitura para entender mais sobre o assunto!

Uma máquina virtual para a rede Ethereum

Os contratos inteligentes (ou smart contracts) são considerados uma das formas mais populares de registros de dados em uma rede blockchain. Por representar o maior ecossistema cripto para o desenvolvimento desse tipo de transação, a rede Ethereum desenvolveu uma máquina virtual.

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É por meio da EVM que a maioria dos contratos inteligentes compatíveis com a rede Ethereum são executados. A máquina virtual foi criada por Gavin Wood, e pode estabelecer regras de governança para rede, além de propor novas diretrizes para a Ethereum a cada novo bloco gerado.

A EVM foi desenvolvida em linguagem C++, e foi lançada em 2015. Desde então, o ecossistema se transformou em uma das principais plataformas de execução de soluções descentralizadas compatíveis com a rede Ethereum.

Como a EVM funciona?

A máquina virtual EVM, pode ser entendida como um sistema que executa programas descentralizados voltados para a Ethereum. A principal forma de execução desses programas é através de contratos inteligentes.

Sendo assim, além de integrar dApps, a EVM permite a criação de programas compatíveis com a rede. Esses programas podem ser desenvolvidos em praticamente qualquer linguagem, como Pyton, Solidity e Vyper, por exemplo.

A EVM opera de forma contínua, o que confere ao ecossistema a possibilidade não somente de atuar diretamente nos nós da rede, como também de gerenciar novos dados inseridos na rede blockchain.

Portanto, esse gerenciamento de dados pode ser entendido como determinístico, já que a EVM pretende aprimorar a rede ao estabelecer novas regras para a Ethereum. Para executar contratos inteligentes, a plataforma utiliza funções matemáticas simples.

Os contratos inteligentes são agrupados em diretórios com 1.024 itens. A EVM utiliza ainda uma memória temporária que armazena os dados da rede antes da nova inserção de dados na blockchain, sendo que essa memória é atualizada a cada duas transações.

Prós e contras de uma EVM

Embora a EVM seja apontada como o futuro da descentralização do mercado cripto, a máquina virtual pode apresentar limitações para a rede Ethereum. Por outro lado, o ecossistema independente de execução de contratos inteligentes confere à plataforma mais agilidade no processamento de informações.

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Por funcionar de forma autônoma, a execução de testes de códigos de programação na EVM não afeta a Ethereum. Esse é um dos principais benefícios da EVM, possibilitando que dApps sejam testados e aprimorados sem afetar os demais dados da rede principal.

A EVM pode ainda executar contratos inteligentes com inúmeros tipos de consensos de validação de dados. Além de dApps e NFTs, a máquina virtual da Ethereum é um ambiente ideal para o desenvolvimento de soluções para a web 3.0.

Mesmo com um robusto ambiente de execução de contratos inteligentes, a EVM ainda possui altas taxas, assim como acontece nas transações registradas diretamente na Ethereum.

Desse modo, essa é uma das principais desvantagens do uso da máquina virtual. Por mais que a EVM tenha compatibilidade com praticamente todas as linguagens de programação, um contrato inteligente que é desenvolvimento fora da Solidity pode ter um custo elevado para ser executado, devido a sua complexibilidade, já que a maioria dos contratos inteligentes compatíveis com a EVM são criados em Solidity.

Principais usos de máquina virtual da rede Ethereum

O principal objetivo da máquina virtual da rede Ethereum (EVM) é executar contratos inteligentes. Isso permite uma integração com projetos e soluções que são desenvolvidos a partir dessa operação, como os tokens, por exemplo.

Portanto, é possível criar tokens na rede Ethereum através da EVM, obedecendo padrões estabelecidos pela rede blockchain principal do projeto. No caso da rede Ethereum, o token mais utilizado pelos desenvolvedores é o ERC-20.

Além disso, a EVM da rede Ethereum permite criar outro tipo de token, conhecido como tokens não-fungíveis (NFTs). Ou seja, a máquina virtual funciona como uma plataforma de desenvolvimento de projetos cripto distintos.

Por fim, a máquina virtual da rede Ethereum possibilita a criação e gerenciamento de organização descentralizadas autônomas, conhecidas pela sigla DAO. A própria EVM é gerenciada por uma rede de colaboradores DAO.

Desenvolvimento de dApps

A Ethereum se transformou no principal ecossistema de integração de aplicativos descentralizados do mercado cripto. Por oferecer uma EVM com compatibilidade com inúmeras linguagens programacionais, a rede suporta dApps baseados em blockchain e que executam contratos inteligentes.Além de dApps, a EVM é a principal ferramenta de desenvolvimento de tokens não-fungíveis (NFTs) desenvolvidos a partir da Ethereum. Os tokens são registrados e gerenciados pela máquina virtual, assim como milhares de dApps. Saiba neste link como os dApps revolucionaram a rede Polygon.