Apesar de ser considerada uma das maiores blockchains, a Ethereum costuma gerar algumas reclamações, principalmente pela sua capacidade de processamento, que é considerada limitada para atender toda a demanda. Por isso, soluções em outras camadas foram criadas, como o Intmax.
Assim, os milhões de smart contracts e integrações com dApps (os aplicativos descentralizados de DeFi) e outras blockchains não sobrecarregam a sua rede e os usuários têm uma experiência muito melhor e mais rápida.
Em entrevista ao PanoramaCrypto, o fundador do Intmax, Leona Hioki, explica que a segunda camada funciona de forma independente, executando operações da rede Ethereum.
O que acha, então, de conhecer um pouco mais sobre esse projeto e os seus benefícios? Continue a leitura para conferir!
O que é o Intmax?
O Intmax funciona como uma layer 2 para a Ethereum, aumentando o poder de processamento da rede principal. Segundo Hioki, se trata de uma segunda camada totalmente independente que pode executar as operações da Ethereum e, assim, aumentar a sua capacidade operacional.
Toda a arquitetura do Intmax é baseada em um ZK-rollup, o que permite criar mais poder de processamento para a rede Ethereum em uma blockchain secundária.
“O Intmax é o primeiro projeto de layer 2 como ZK-rollup a oferecer hiperdimensionamento e verdadeira segurança. A ideia principal do projeto é que ele se torne uma camada de Ethereum que pode ser usada por bilhões de usuários.”
Quais são os diferenciais do Intmax?
Os projetos de layer 2 têm se tornado cada vez mais populares na rede Ethereum, mas os criadores do Intmax entendem que o seu projeto tem um diferencial: todo o processamento de dados acontece do ‘lado do cliente’.
Ou seja, toda a operação é desenvolvida fora da rede principal, onde os novos dados são inseridos e confirmados posteriormente.
“Ao contrário dos blockchains tradicionais, o ZK-rollup sem estado do Intmax emprega comunicações do lado do cliente regida pelo ZKP. A Ethereum contém todas as contas, saldos, contratos inteligentes e armazenamento, o que significa que o tamanho da rede continua crescendo infinitamente, aumentando o tempo, o espaço e o custo para girar um novo nó.”
A capacidade de processamento de dados do Intmax é condicionada pelo banco de dados usado pela layer 2. Hioki explica que o projeto é o único da rede Ethereum que se baseia apenas nos dados dos usuários.
“O que torna o Intmax único é que ele não rastreia informações sobre o estado de um conexão ou aplicativo, em vez de armazenar nenhuma informação. Em vez disso, ele herda o estado das contas de usuário da Ethereum.”
O Intmax também pode se conectar com outras blockchains?
Além de fornecer poder de processamento para a Ethereum, o projeto Intmax possui interconectividade com outras blockchains e segundas camadas com integração com a rede principal (layer 1).
O fundador do projeto explica que o Intmax atua no processo de validação das transações, ao mesmo tempo em que os dados são registrados na rede principal, enquanto o mecanismo de prova é mantido pelo ZK-rollup.
“A layer 1 registra a raiz das hashes e depósitos da transação. Do lado do usuário, o Intmax casa a transação com o armazenamento do lado do cliente com provas ZK. A prova de inclusão até a raiz é fornecida pelo sequenciador, e esta comunicação processa recursivamente o circuito zkp, tornando-o impossível de ser burlado”.
Hioki ainda completa:
“O Intmax pode usar estados dos outros L2 na árvore de depósito para transferências condicionais e os processos de cunhagem. Isso permite que o Intmax tenha funcionalidade de contrato inteligente e interoperabilidade.”
Os principais projetos de segundas camadas para a rede Ethereum estão em fase de desenvolvimento. Atualmente, o Intmax está em sua fase de testes beta e o mainnet beta deve ser lançado entre abril e junho de 2023.
Quer saber mais sobre como os rollups funcionam? Acesse aqui.