Além de exchanges e plataformas digitais, é possível negociar criptomoedas através da Bolsa de Valores. A adoção cripto aumentou consideravelmente nos últimos anos, o que fez com que fundos de investimentos com exposição em moedas digitais surgissem, como os ETFs de bitcoin.
Embora os Estados Unidos ainda não tenham aprovado um ETF spot de bitcoin ainda, países como o Brasil já negociam fundos de investimentos regulados com exposição em criptomoedas.
Geralmente, a negociação de bitcoin pela Bolsa de Valores acontece em corretoras, e o índice de preço do ativo digital é utilizado pela plataforma para determinar o valor de cada cota de um fundo.
Existem vários tipos de fundos com criptomoedas, eles podem ser mistos compondo uma cesta de investimentos com outros ativos de valor, por exemplo, podendo envolver até a negociação no mercado de futuros.
Investir na Bolsa de Valores para iniciantes do mercado cripto
Investidores iniciantes que não são familiarizados com plataformas cripto podem comprar e vender criptomoedas na Bolsa de Valores através de fundos cripto. Portanto, eles representam uma alternativa de entrada para esses investidores.
Além disso, a proposta de fundos cripto é atrair investidores com perfil mais conservador, considerados tradicionais e que não utilizam exchanges para negociar criptomoedas como o bitcoin.
Outra alternativa de fácil utilização para investidores iniciantes no mercado cripto são os aplicativos que negociam criptomoedas. Aplicativos como o da Transfero, por exemplo, podem ser usados por investidores iniciantes.
Tipos de fundos de investimentos com criptomoedas
Existem alguns tipos de fundos de investimentos com criptomoedas que são negociados por Bolsas de Valores como a B3. Na maioria das vezes, esses fundos cripto são abertos, ou seja, qualquer investidor pode adquirir uma cota.
Sendo assim, com aplicações a partir de R$ 1 é possível comprar e vender criptomoedas pela Bolsa de Valores. Além da classificação de aberto ou fechado e ou exclusivo, um fundo cripto pode ter 100% de exposição em determinado ativo ou misto.
No caso de 100% de exposição, somente criptomoedas devem compor esse fundo de investimento, que pode ser voltado para apenas um ativo digital ou conter vários tipos deles.
Já no fundo cripto misto, também conhecido como multimercado, a exposição em criptomoedas é parcial. Desse modo, a cesta de investimentos pode conter outros ativos de valor, como ações, títulos de dívidas, de renda fixa e variável e até commodities.
Contratos futuros de BTC
Outra forma de classificar um fundo de investimento cripto é determinada pelo índice de preço. Além do fundo que leva em consideração o preço da criptomoeda, existem fundos que negociam a partir do preço futuro do ativo digital.
Nesse caso, as negociações são realizadas através de contratos futuros. Esse tipo de negociação envolve a previsão do preço da criptomoeda em determinado período, e é conhecido como mercado de futuros.
ETFs de bitcoin
Fundos conhecidos como ETFs de bitcoin representam um tipo de investimento em criptomoedas que leva em consideração o índice de preço de determinado ativo digital.
Esse tipo de fundo pode ter exposição em várias criptomoedas, ou ainda, ser voltado para apenas um ativo digital. Os ETFs de bitcoin podem ser à vista (spot) ou negociados no mercado de futuros.
Aumento da adoção cripto
A negociação de criptomoedas através do mercado financeiro tradicional impulsionará o mercado cripto. Nos Estados Unidos, empresas como a BlackRock buscam aprovar um ETF de bitcoin à vista.
Isso representa uma expansão para o mercado cripto no geral. Um relatório recente da empresa NYDIG aponta um incremento de R$ 150 bilhões na capitalização das criptomoedas com a possível aprovação de um ETF spot de bitcoin nos EUA.
Mercado cripto e B3 possuem 10 milhões de investidores
Dados do primeiro semestre de 2023 mostram que existem pelo menos 10 milhões de investidores no Brasil. Somente na Bolsa de Valores há 6,2 milhões de brasileiros negociando ações.
Enquanto isso, no mercado cripto um novo recorde foi alcançado no último relatório divulgado pela Receita Federal. Mais de 4 milhões de brasileiros declararam que investem em criptomoedas.
Com ETFs de bitcoin e fundos com criptomoedas, o Brasil pode ter mais de 10 milhões de investidores divididos entre o mercado cripto e o mercado financeiro tradicional. O país foi um dos primeiros do mundo a aprovar um fundo de índice com criptomoeda (ETF) negociado pela Bolsa de Valores.
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