O token que o BNDES está criando dentro da plataforma Ethereum dará mais transparência à aplicação de recursos públicos. Isso porque ele foi desenhado para rastrear a aplicação de recursos públicos em operações de crédito com entes públicos e operações não-reembolsáveis.
Cada unidade do BNDESToken equivale a R$ 1. Na prática, portanto, o token representa uma representação digital do real liberado pelo BNDES em alguns tipos de operações. O banco faz uma analogia a um título demonstrativo de um crédito para futuro recebimento do recurso.
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Token (Photo by ZSun Fu on Unsplash)
A solução irá usar os smart contracts da rede Ethereum. A parte central da solução consiste num contrato ERC-20 que representa o token. O contrato contém os saldos de todas as entidades que possuem os tokens. E disponibiliza métodos como transferência de recursos, emissão e destruição do token além de visualização de saldo.
Consulta e funcionamento
O token do BNDES foi colocado em consulta pública em setembro do ano passado. Segundo o Portal do Bitcoin, o plano é que o protótipo rode até maio no estado do Espírito Santo. O projeto vai servir de ‘prova conceito’ aos futuros projetos do banco.
Na prática, o dinheiro do banco irá apenas para fornecedores registrados. Por exemplo, o fornecedor de asfalto, depois de cadastrado, receberá uma quantidade de tokens do BNDES, via Estado do Espírito Santo, cujo lastro será em real. Os tokens depois serão “trocados” pelas empresas no banco pela moeda nacional. Cada unidade terá o valor fixo de R$ 1.
A criação de um token pelo BNDES usando a blockchain da Ethereum é uma notícia muito importante para o mundo das moedas digitais. Pois ele será uma vitrine para a sociedade conhecer uma aplicação da tecnologia que pode ser muito útil ao país. Se um dia todo o dinheiro repassado pela administração pública for tokenizado, haverá muito mais segurança de que o recurso está indo para o fim desejado.
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