Smart Summit: o que falta para a revolução cripto impactar o mercado dos meios de pagamento?

Revolução dos meios de pagamento deve ocorrer quando o consumidor entender que criptomoedas são seguras, transparentes e rastreáveis

Por Redação  /  6 de fevereiro de 2023
Foto: Thalles Aguiar - Blockchainrio Foto: Thalles Aguiar – Blockchainrio

Não é possível prever quando ocorrerá a chamada revolução dos meios de pagamento através de ativos digitais. Mas, ainda que devagar, estamos chegando cada vez mais perto deste cenário, no qual os consumidores vão entender que as criptomoedas “são seguras, transparentes e rastreáveis”.

A observação foi feita pelo diretor de Novos Negócios da Transfero, Rodrigo Stallone, durante o painel ‘Revolução dos meios de pagamento através de ativos digitais’, no evento Smart Summit 2023, em 3 de fevereiro, no Rio de Janeiro.

Stallone destacou que, quando se fala em criptomoedas, é preciso separar investimentos de pagamentos. No caso dos investimentos, existe o temor da volatilidade e de pirâmides, o que é afastado quando as operações são encaminhadas por instituições sérias.

No caso dos pagamentos, os sistemas apresentam muita segurança, pois a blockchain “é uma tecnologia imutável, rastreável e transparente”, explica Stallone.

Sandbox regulatório trabalha junto com Banco Central

Hoje, o governo brasileiro está mais envolvido na regulação do mercado cripto. Atualmente, há um sandbox regulatório — ambiente de testes — reunindo várias empresas que oferecem serviços diferentes, trabalhando em conjunto com o Banco Central.

Neste ambiente controlado, os produtos são testados e os resultados vão indicar o que o Banco Central deve usar ou não. Para Rodrigo Soeiro, CEO da Monnos, também presente ao painel, a regulação está chegando de uma forma positiva.

Ele pontuou, porém, que o regulador “tem que se preocupar em ser mais ágil” e dar liberdade de ação, “restringir o mínimo possível”. Já para Stallone, é necessário ter regulação para o mercado “ganhar volume”, mas ele concorda que é preciso um pouco mais de velocidade.

Faltam aplicativos simples para celular

Já para Rocelo Lopes, CEO da SmartPay, “regulação bem feita é sempre bem-vinda”, mas isso não é verificado agora.

“O que existe hoje de regulamentação, eu espero que mude, foi mal feita. O que é positivo é que temos agora dois órgãos brasileiros extremamente competentes, o Banco Central e a CVM, que vão cuidar da regulação”, disse o executivo.

“É tudo muito novo, o mercado não é regulado. É uma tecnologia de seis anos. Precisa dar tempo ao tempo. Até que as pessoas entendam que blockchain é muito mais seguro que o sistema bancário, que é centenário”, disse Rocelo.

O executivo da SmartPay também diz que faltam bons aplicativos de criptomoedas, descomplicados, para celular.

“Faltam melhores aplicativos que consigam unir o mundo das blockchains e dos bankchains. Não precisa inventar a roda. Precisa construir uma solução que funcione em cima do Pix, por exemplo. O consumidor vai conseguir usar sua criptomoeda e o estabelecimento continua usando o que está acostumado e tudo funcionará bem”, defendeu Rocelo.

Continue a visita em nossa página para saber mais sobre a regulamentação de criptomoedas no Brasil e a Lei dos criptoativos, publicada no Diário Oficial da União em 22 de dezembro do ano passado.

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