Preço do bitcoin e chuva deixam mineração da criptomoeda mais lucrativa

Avaliação é do CEO da consultoria FastBlock, Bernardo Schucman, que diz que ganho é 50% do que em setembro

Por Redação  /  7 de dezembro de 2020
© - Shutterstock

A mineração de bitcoin está mais lucrativa nos 30 dias terminados em novembro de 2020, mas não é só a alta forte da criptomoeda líder que pesa. Embora este seja um fator, não se pode descartar o fim da estação chuvosa e o preço dos equipamentos, explica Bernardo Schucman, CEO da FastBlock.

Segundo o CEO da empresa de administração e consultoria de blockchain, o fim da estação das chuvas elevou o preço da energia. Além disso, fez com que se desligassem cerca de 25% da rede de mineração de bitcoin. Consequentemente, “a rede sofreu uma lentidão maior do que o normal, fator que elevou as taxas de mineração do Bitcoin”, conta o executivo.

A recente alta do preço do bitcoin também ajudou a deixar a mineração mais lucrativa. Em meados de novembro, a cotação da criptomoeda líder se aproximou dos R$ 100 mil. O valor é bem superior aos R$ 39 mil de janeiro. Enquanto isso, sua capitalização de mercado estabeleceu um novo recorde: US$ 330 bilhões.

Mineração mais lucrativa do bitcoin gera alta no preço de equipamentos

Assim, a mineração do bitcoin ficou 50% mais lucrativa do que em setembro deste ano, segundo a FastBlock. E dados do setor citados pela consultoria indicam que o desempenho da mineração comparado ao investimento das empresas ficou entre 5% e 15%.

Ainda conforme o comunicado, todo esse cenário colaborou para que os equipamentos de mineração ficassem mais caros também. Portanto, esta elevação também deve se refletir em um novo valor da mineração.

“A corrida por equipamento de mineração cresceu muito e fez com que existisse uma dificuldade muito grande na aquisição de equipamentos novos” explicou Schucman.

As criptomoedas confirmaram as projeções do início do ano e se mostraram resilientes mesmo em meio à pandemia. A forte alta do bitcoin mostra isso. E não foi só o bitcoin que atraiu os investidores. Vale lembrar que fatores como o sucesso do DeFi (finanças descentralizadas) geraram um volume alto de operações na Ethereum. Assim, subiu também a recompensa aos mineradores. Consequentemente, as operações ficaram mais caras.