Metaverso pode criar US$ 5 trilhões em valor até 2030

De acordo com consultoria McKinsey, metaverso tem potencial de impactar diversos segmentos, que pode criar empregos e novas demandas

Por Redação  /  16 de fevereiro de 2023
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O metaverso tem potencial de criar valor de até US$ 5 trilhões à economia mundial até 2030. A projeção foi feita pela consultoria McKinsey em relatório que analisa os impactos financeiros e sociais da introdução e massificação da nova tecnologia no mundo.

Uma parte da explicação da McKinsey reside no fato de que o metaverso tem potencial de viabilizar novos modelos de negócios, produtos e serviços, além de atuar como anal de engajamento para negócios bussines-to-consumer (B2C) e business-to-business (B2B). Os impactos diferem de acordo com a indústria.

‘Estimamos que pode ter um impacto de mercado entre US$ 2 trilhões e US$ 2,6 trilhões no comércio eletrônico até 2030, dependendo se um caso base ou positivo é realizado. Da mesma forma, estimamos que tenha um impacto de US$ 180 bilhões a US$ 270 bilhões no mercado de aprendizado virtual acadêmico, um impacto de US$ 144 bilhões a US$ 206 bilhões no mercado de publicidade e um impacto de US$ 108 bilhões a US$ 125 bilhões no mercado de jogos”, indica a McKinsey.

Metaverso além do hype

Uma mistura de realidade aumentada, realidade virtual e comunidade digital, o metaverso é visto como a próxima iteração da internet. Onde a web se torna um espaço onde todos estão imersos e interagindo, não apenas um lugar onde as pessoas veem e clicam.

Essas são as três características principais do metaverso:

  • senso de imersão;
  • interatividade em tempo real;
  • agência do usuário.

O metaverso, no entanto, não é uma forma de replicar a vida real offline, e sim de aumentar o que conhecemos por virtual. É como se o mundo digital fosse incorporado ao mundo físico em uma única espacialidade conectada. Com isso, se cria uma nova forma para não só as pessoas interagirem entre si, como também para as marcas interagirem com as pessoas.

Daí vem as expectativas de criação de valor, já que são formas de modelos de negócio que podem acontecer unicamente no digital. Um exemplo é a venda de imóveis digitais, ou a de skins para avatar. Outra é a possibilidade de shows acontecendo em tempo real, para o mundo todo. A McKinsey estima que, até 2030, 50% dos eventos podem migrar para o ambiente virtual. 

O tema chama atenção do mercado de tecnologia. Em 2021, os investimentos de fundos de venture capital e private-equity em produtos e startups do metaverso somaram US$ 14 bilhões. Já em 2022, os investimentos foram para além de US$ 120 bilhões. A McKinsey ainda aponta que 59% dos consumidores estão animados para passar suas atividades cotidianas para o metaverso.

E o mundo cripto?

O metaverso tem tudo a ver com a Web 3.0. O ecossistema descentralizado não só dá mais poder para seus usuários, como também abre espaço para o uso de três tecnologias essenciais para tornar o metaverso “mais útil” para todos: a blockchain, os ativos digitais e os smart contracts

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“As aplicações de metaverso criadas na Web 3.0. se beneficiam de maior permanência, funcionabilidade e interoperabilidade do que as experiências tradicionais de realidade virtual na Web 2.0”, explica a McKinsey. Os ativos digitais e o blockchain, por exemplo, são um componente central para que o design do metaverso consiga fluir.

“Os criadores podem lançar livremente novos ativos digitais em qualquer blockchain que desejarem e distribuir esses ativos por meio de mercados nativos da Web3 com modelos de taxas drasticamente mais baixos do que seus equivalentes da Web 2.0”, comenta o relatório.

“Além disso, o advento de carteiras sem custódia permite que os usuários acessem seus bens digitais conectando sua carteira a cada local do metaverso. Os ativos digitais nessas carteiras podem incluir criptomoedas, ações digitais, stablecoins e NFTs na forma de skins, ferramentas e até imóveis virtuais. Os ativos são normalmente emitidos no mesmo blockchain do metaverso local (por exemplo, Ethereum, Polygon), mas as pontes entre cadeias estão permitindo maior portabilidade de ativos digitais entre diferentes locais do metaverso”, acrescenta.

Mais perguntas que respostas

Por se tratar de uma junção recente de tecnologias promissoras, o metaverso guarda ainda algumas perguntas que ainda precisam ser respondidas: como os mundos virtuais vão se equilibrar com o mundo físico? Como os consumidores vão interagir nesse espaço? A tecnologia será interoperável e aberta para todas as empresas? Como serão os fluxos de construção e investimento no metaverso? A internet vai avançar tão rápido quanto a demanda para construir aquilo que os usuários imaginam?

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