O agronegócio é um dos principais setores produtivos no Brasil, sendo responsável por movimentar grande parte da economia nacional. Somente em 2023, as exportações nesse mercado alcançaram mais de US$ 165 bilhões.
Mas, além da forte presença no mercado financeiro, o agronegócio também é conhecido pela adoção de novas tecnologias e ferramentas digitais que impulsionam os resultados de quem trabalha no campo.
Com a ascensão do mercado cripto, o setor agro está integrando tecnologias e soluções como a blockchain e tokenização de ativos para otimizar as operações, sendo um grande diferencial para empresas exportadoras.
Através da utilização da tecnologia blockchain, por exemplo, é possível otimizar cadeias de produção e manter um gerenciamento de estoques descentralizado. Enquanto isso, a tokenização de ativos reais de valor permite a negociação digital de produtos como gado, café e fertilizantes.
Benefícios da integração cripto no agronegócio
A tecnologia blockchain permite o gerenciamento de dados de forma descentralizada, onde as informações não podem ser alteradas, oferecendo mais transparência para o agronegócio. Além disso, essa integração com o mercado cripto resulta em outros benefícios, como:
Segurança alimentar: a indústria de alimentos enfrenta desafios como a segurança alimentar, onde a tecnologia blockchain pode aproximar a cadeia de produção dos consumidores através de informações divulgadas.
Rastreabilidade
Um sistema blockchain permite que alimentos e produtos agrícolas sejam rastreados em um banco de dados gerenciado de forma descentralizada.
Transações eficientes
A tokenização do setor oferece um novo mercado de negociação de produtos e insumos agrícolas, provendo mais liquidez e transações seguras.
Seguro agrícola
A confiabilidade dos dados registrados via blockchain permitirá que seguros agrícolas sejam apresentados por agricultores afetados por mudanças climáticas.
Exemplos de empresas agro que utilizam tecnologia blockchain
A rastreabilidade de produtos do agronegócio é um dos principais benefícios utilizados por empresas que mantêm a cadeia de produção gerenciada por plataformas blockchain.
Empresas como Walmart, Unilever e Carrefour adotaram o sistema que culminou na redução de custos na verificação da procedência de alimentos comercializados por eles. Alguns negócios já integram tecnologias do mercado cripto no setor, como:
- AgriDigital
- IBM Food Trust
- AgriLedger
- TE-Food
- Ripe.IO
- Demeter
- AgriChain
- Ambrosus
- GrainChain
- Etherisc
A evolução da tokenização dos produtos agrícolas
A produção de alimentos é conhecida pelo uso de novas tecnologias que aprimoram os resultados e mitigam as perdas no campo. Além de impactar o setor produtivo, essa adoção pode beneficiar a comercialização de produtos inaugurando um novo mercado.
A criação de tokens lastreados em ativos de valor também já foi integrada no agronegócio. No Brasil, existem tokens que são lastreados na produção de café e de fertilizantes, como o Cibracoin.
Outros casos de integração entre o mercado cripto e o agro envolvem a oferta de títulos de dívidas através de tokens. A AmFi, por exemplo, criou títulos de dívidas através da tecnologia blockchain usando o CRA (Crédito de Recebíveis do Agronegócio) para fomentar a agroeconomia financiando produtores rurais em Minas Gerais.
Esse processo de criação de tokens permite ainda o desenvolvimento de práticas sustentáveis no campo, onde títulos de carbono são tokenizados criando uma nova economia diante da compensação pela emissão de gases de efeito estufa na atmosfera.
A tokenização de ativos reais de valor é um mercado em evolução que pode atingir até US$ 16 trilhões em 2023. Neste link você pode entender como a tecnologia blockchain transforma esses ativos em tokens digitais.