Family offices no Brasil: descubra onde estão investindo

Gestoras de grandes patrimônios, as family offices no Brasil mostram preocupação com sustentabilidade e transparência na escolha de investimentos

Por Redação  /  15 de agosto de 2021
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Uma pesquisa recente da Goldman Sachs mostrou que quase metade dos clientes de family offices no exterior se interessa por investimentos em criptoativos. No Brasil, no entanto, o cenário ainda não é assim.

O estudo Family Office Report Brasil 2020 destaca que, até meados do ano passado, os principais investimentos dos clientes se distribuíam entre renda fixa (32,9%), equities (29,7%), fundos (11,5%), além de imóveis, private equity, venture capital, entre outros. No entanto, o documento menciona que, após o início da pandemia, 83% dos investidores aumentaram seu interesse na classe de ativos equities e 90% em ativos do setor de tecnologia. Além disso, todos os family offices que responderam a pesquisa têm alguma parcela dos seus ativos no exterior.

Investidores se preocupam com sustentabilidade e ESG

Investimentos com foco em ESG (sigla em inglês para o termo Governança Ambiental, Social e Corporativa), filantropia e ativos que gerem impacto social e/ou ambiental também estavam na mira dos family offices consultados.

A preocupação, inclusive, não é nova. De acordo com uma matéria do Capital Reset, já há alguns anos havia interessados no serviço questionando se a alocação de capital em ações de empresas poluentes fazia sentido, ou se a cadeia de produção de determinados fundos era apta a receber recursos.

Para os family offices, essa preocupação faz todo o sentido para a proteção do capital dos investidores no longo prazo.

O que são family offices e como trabalham?

Grandes fortunas precisam ser geridas de forma sustentável e, se possível, isenta de interesses familiares. Afinal, existem várias questões que merecem dedicação, a fim de preservar o patrimônio: administração de bens, contabilidade, problemas de governança,  planejamento societário, sucessório e tributário, por exemplo.

Assim, o family office é muito mais que uma gestora de recursos financeiros. Geralmente, essas empresas são contratadas por famílias com alto poder aquisitivo, pois quanto maior a fortuna, maior a complexidade.

No Brasil, existem dois tipos de family office: o chamado single, quando a própria família monta a estrutura e tem um serviço exclusivo, e o multi family office, escritórios especializados que prestam o serviço para várias famílias.