O Banco Central da Espanha acredita que a adoção de criptomoedas como moeda fiduciária pode trazer benefícios à economia. Essa é a conclusão do relatório publicado em julho deste ano onde são analisados aspectos positivos e negativos do assunto. Dentre os principais argumentos a favor, está a maior facilidade de monitoramento do dinheiro em circulação. No entanto, o documento ressalta que isso não implica na quebra do anonimato do portador. O interesse do governo é apenas em observar a intensidade do fluxo de transações financeiras.
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O estudo realizado pela instituição também cita trabalhos realizados por diversos outros países. Por isso, tópicos recorrentes como a drástica redução do custo para emissão da moeda também são explorados. Os Bancos Centrais de Moedas Digitais, em inglês CBDC, teriam um custo menor de operação de modo geral. Contudo, os demais estudos também apontam desvantagens, como a possibilidade de vulnerabilidades ainda não detectadas na ainda recente tecnologia.

Casa da Moeda da Espanha, onde o papel moeda é emitido. (Foto: abertura da série da Netflix, La Casa de Papel)
A divulgação deste estudo demonstra como governos de diversos países têm olhado para as criptomoedas com seriedade. A tecnologia é uma oportunidade de digitalização dos meios de pagamento sem a necessidade de grandes investimentos em uma infraestrutura própria para isso. Porém, trata-se de um estudo teórico e inicial, havendo ainda um longo caminho a ser percorrido para adoção da tecnologia.
A atratividade da tecnologia das criptomoedas
É importante destacar que o estudo é sobre a possibilidade de os bancos centrais emitirem a sua própria criptomoeda. Por isso, não é cogitada a possibilidade de utilizar criptomoedas já estabelecidas, como o bitcoin, como moeda fiduciária. Essa adoção por parte dos bancos centrais é a percepção sobre um problema em que empresas como a Platio já têm buscado a solução. O futuro caminha em direção à fusão do mercado financeiro atual com o mercado de criptomoedas.