Mesmo com os efeitos da invasão da Rússia à Ucrânia e com os feriados de carnaval no período, o bitcoin foi considerado o melhor investimento em fevereiro, tendo se recuperado da queda de janeiro. Com 9,18% de valorização no mês, o BTC ficou à frente do ouro (1,49%), do dólar (2,83%) e de outros investimentos tradicionais.
Dentre os principais criptoativos, a moeda líder também apresenta bom desempenho, embora com ligeira queda (neste caso, considerando os 30 dias encerrados em 9 de março). Nesse período (entre 7 de fevereiro e 9 de março), o bitcoin teve queda de 1,47%. Porém, nas últimas 24 horas, considerando o momento em que essa matéria foi escrita, a moeda valorizou 8,30%.
Enquanto isso, outras moedas, cujos projetos estão entre os mais consistentes do mercado, tiveram desempenho negativo bem maior. Cardano (ADA) caiu 28,30%, Solana (SOL) 24,94%, Chainlink (LINK) 24,20%, Stellar (XLM) 23,95% e Uniswap (UNI) 22,81%. Ethereum (ETH), segunda principal criptomoeda, teve queda um pouco menor, de 10,47%, mas ainda bastante superior ao bitcoin.
O que explica essa queda?
A principal razão é a continuidade do conflito geopolítico e seus reflexos na economia como um todo, gerando incertezas ao mercado. Nos últimos dias, as três maiores empresas de cartão de crédito, American Express, Visa e Mastercard, anunciaram a suspensão de operações na Rússia.
A decisão se somou a uma enxurrada de sanções por países alinhados contra a Rússia, como o anúncio de que os Estados Unidos pretendem deixar de importar petróleo russo. Isso fez com que o valor do barril brent alcançasse US$ 139 no início de março, com reflexo de fuga de capitais em ativos de risco.
Outra questão que vem aumentando as incertezas é a intenção dos EUA de preparar um novo decreto para regulamentar criptoativos. O objetivo é evitar que, com a continuidade da guerra entre Rússia e Ucrânia, criptomoedas sejam utilizadas para driblar sanções econômicas.
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