Suíça: saiba mais sobre o berço do “crypto valley”

A cidade suíça de Zug é considerada amigável para quem investe no mercado de criptoativos; com legislação e impostos favoráveis, a área é conhecida como Crypto Valley

Por Redação  /  20 de abril de 2021
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O nome, “Crypto Valley”, é uma alusão ao chamado “Vale do Silício”, nos Estados Unidos, local que reúne empresas de tecnologia. No caso da Suíça, o ambiente é voltado aos criptoativos. Em função de regulamentações e tributação favorável, várias empresas do mercado crypto optaram por se instalar na região de Zug.

Lá, ficam as sedes da Ethereum Foundation, da Libra Association, da Transfero Swiss e de várias outras empresas de blockchain. No final de 2020, as 50 maiores empresas instaladas no Crypto Valleyvaliam US$ 37,5 bilhões. Já são quase mil organizações, que empregam pelo menos cinco mil pessoas.

O grande estímulo é que, na região, os rendimentos em criptomoedas são tratados como ganhos de capitais isentos de impostos. Até mesmo a mineração é considerada um trabalho autônomo.

Porém, a negociação profissional de criptomoedas está sujeita a impostos empresariais; por exemplo, quem recebe criptomoedas como salário precisa declará-las em seu imposto de renda.

Quer conhecer de perto o crypto valley na Suíça?

Se você está considerando conhecer uma cultura totalmente diferente da brasileira e, como bônus, participar de uma sociedade na qual as finanças são descentralizadas, vale a pena programar a viagem para a Suíça.

Brasileiros não precisam de visto, desde que a permanência não ultrapasse o período de 90 dias. O país, apesar de não fazer parte da União Europeia, integra o espaço Schengen, que exige que os visitantes portem um seguro com cobertura mínima de 30 mil euros, para acidentes, enfermidades e repatriação.

Além disso, para entrar no país, é preciso ter um passaporte válido por pelo menos seis meses (a partir da data de entrada) e passagem de retorno. Quem pretende ficar mais tempo deve verificar os procedimentos para autorização de residência, que pode ter duração limitada e ser restrita à ocupação profissional do requerente.

Assim, para ficar mais de 90 dias no país, é preciso ter um emprego garantido ou autorização de trabalho, sendo que para tanto é necessário exercer uma profissão de interesse econômico para o país e ter qualificação e/ou especialização. O empregador deve assegurar que não encontrou nenhum suíço ou cidadão da União Europeia para o cargo.

Para estudar, é possível requerer um visto de estudante, desde que se matricule em uma instituição de ensino reconhecida na Suíça e o curso tenha a duração de mais de 90 dias.

Tecnologia e tradição: os contrastes de Zug

A cidade de Zug, na verdade, não está na rota turística da Suíça. Próxima de Zurich, ela concentra um centro de negócios, com escritórios de multinacionais de vários países. Por isso, muitos estrangeiros moram e circulam nela. Assim, a língua mais falada é o inglês.

Mas, além das multinacionais e do centro de negócios, Zug é famosa pela produção de cerejas, uma tradição secular local. Na época da colheita, muitos produtores vendem os frutos em barracas de rua.

lado zug

O lago de Zug, com vista para os alpes nevados de Berne, também é um dos pontos mais famosos da cidade. Em suas margens, há vários restaurantes e cafés, dos quais é possível apreciar a vista. Já o antigo centro histórico tem construções medievais, ruas de ladrilhos, fontes, torres e até um castelo (museu Burg).

Curiosidades da Suíça

Além dessa região, a Suíça tem muito a oferecer aos visitantes. Como é um país pequeno, várias distâncias podem ser percorridas de trem. Aliás, vale a pena adquirir o Swiss Travel Pass, que é aceito em passagens de trem, ônibus e barco.

Famosa pelas belas paisagens, alpes nevados, chocolates, queijos e até o canivete suíço, a Suíça é dividida em 26 estados, chamados “cantões”, que têm autonomia, com regras e leis próprias. Além disso, possui quatro línguas oficiais: francês, alemão, italiano e romanche (idioma falado por apenas 1% da população).

Como tudo por lá é muito perto, além de conhecer os castelos, lagos e paisagens naturais, não deixe de visitar alguns pontos famosos, como o Museu Charles Chaplin, construído na casa em que morava, em Vevey, ou a estátua de Fred Mercury, em Montreux, lugar onde ele construiu um estúdio de gravação e onde, até hoje, fãs do mundo todo deixam flores.

A moeda oficial do país é o franco suíço, mas nas grandes cidades o euro também costuma ser bem aceito. Ao pagar em euros, no entanto, você pode receber seu troco em francos. O valor de ambos é um pouco diferente, sendo que no câmbio em real, o euro vale mais.


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