Hoje em dia, é difícil falar de uma empresa cripto sem pensar em estratégia de mídia. Afinal, é nesse espaço que as companhias conseguem criar a via de conversa com a sua audiência. Mas, em um ambiente com cada vez menos espaço por parte das detentoras das redes sociais e com cada vez mais players no mercado, não estaria na hora de pensar na mídia proprietária? Essa será uma das perguntas que Bruno Costa, diretor de Operações da Barões Digital Publishing, vai responder no Rio Info 2022.
“Não adianta para a empresa colocar toda a comunicação dela numa rede social, sendo que a web traz muito mais recursos. Ainda mais no cenário de Web 3.0, que vai abrir um campo grande para as marcas, elas vão precisar de autonomia para as estratégias”, disse Costa. A saída, nesse sentido, é tentar criar um espaço próprio para se comunicar com os usuários.
Costa indica que, por conta de poucos maus atores, as Big Techs têm imposto mais regras que limitam as postagens sobre criptoativos. “Mesmo quando as empresas de cripto querem se comunicar, as limitações existem. A Meta, o Google e o LinkedIn liberam apenas a fala sobre educação no setor, mas não é possível promover cripto. Fica muito complicado para as empresas”, comenta.
Costa irá se apresentar no Rio Info 2022, que chega na sua 20ª edição em 12 de setembro. Para o executivo, o Rio de Janeiro se consolida cada vez mais como uma capital tecnológica. “O Rio de Janeiro sempre foi a capital criativa do Brasil. E agora está se tornando também a capital tecnológica”, comenta.
Desintermediação e mídia proprietária
“O caminho para fugir dessa complexidade é a desintermediação. A marca constrói, a partir da metodologia do brand publishing, a sua autoridade. A partir do planejamento, plataforma, conteúdo, distribuição e dados”, disse Costa.
O exemplo prático do método é o próprio PanoramaCrypto, criado em parceria entre a Transfero e a Barões, e que acompanha o crescimento da marca da Transfero e do seu posicionamento como autoridade no setor.
Num mercado com mais players, em pontas diversas, diz o executivo, ter autoridade e voz ativa é essencial para se diferenciar com o público. Além de tudo, é uma forma das empresas sérias do setor combaterem a desinformação que se alastra sobre o mercado cripto. “A tecnologia e a comunicação conseguem combater a falta de informação”, analisa o diretor de operações da Barões Digital.
Ser publisher é mais do que apenas pensar no conteúdo a ser publicado, mas também analisar dados e fazer a gestão de todas informações em plataformas próprias. “O publishing não é apenas a face visível, que é a mídia”, fala Costa.
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