Em breve, o Rio de Janeiro será palco de um dos maiores eventos de tecnologia do mundo: o Web Summit 2023. Empresas como o Grupo Transfero e a Oxygen se preparam para o evento, previsto para acontecer entre os dias 1º e 4 de maio de 2023.
Veterana em eventos do Web Summit, a Oxygen será responsável por mediar um painel durante a Web Summit 2023. Além disso, Andrea Janér, fundadora e CEO da empresa, disse em entrevista ao PanoramaCrypto que os clientes da empresa participarão de uma curadoria exclusiva. Confira os principais trechos da entrevista com Andrea Janér.
Brasil se prepara para inovação global
[O Web Summit] coloca o Brasil no mapa dos grandes festivais de inovação globais. Até porque o Web Summit Rio é parte de um grupo que realiza outros festivais já consolidados em outros continentes: além do Web Summit de Lisboa, eles realizam o Collision, em Toronto, no Canadá: e o RISE, em Hong Kong, na China, no qual eu tive a oportunidade de ir, em 2019.
Tecnologia, investidores e startups em um só lugar
O Web Summit está construído sobre um tripé: conteúdo sobre tecnologia, investidores e startups. Sua maior fortaleza é reunir os agentes desse ecossistema para promover aprendizado e relacionamento.
Nos países onde ele é realizado, acaba sendo uma alavanca para potencializar toda a indústria. Atraindo startups para se apresentarem, os investidores em busca de boas oportunidades de negócio e o conteúdo que inspira e provoca ação. Então, ele chega para dar visibilidade, trazer conexão para setores muitas vezes dispersos, e fortalecer a vocação do país, e principalmente do Rio, como um hub da nova economia criativa.
Oxygen: uma veterana em eventos do Web Summit
Já estive em quatro edições do Web Summit em Lisboa e em uma do RISE em Hong Kong, além de três SXSW. Acho os festivais de inovação uma oportunidade incrível de aprendizado, evolução e ampliação de repertório.
Muito conteúdo de qualidade condensado em poucos dias. Com um bom planejamento é possível absorver muita coisa e voltar para a casa cheio de insights. Além das oportunidades de networking que são sempre positivas.
Para o Web Summit Rio, vai ser rico ver o nosso ecossistema de startups, rever alguns speakers internacionais que virão para o evento, e ver os brasileiros tendo acesso a uma programação de conteúdo que não fica nada atrás dos melhores festivais do mundo. Acho que vai elevar a barra de forma significativa para o país.
O Brasil poderá crescer com o evento de tecnologia?
Acho que não se deve esperar que o Web Summit faça isso sozinho. Portugal, que comprou os direitos de receber o festival por dez anos, se dedicou a criar uma série de iniciativas públicas e privadas que aproveitaram a visibilidade e o impacto do festival para atrair talentos, investidores e fomentar o ecossistema local de startups.
O ministério da Economia, o ministério do Trabalho, o prefeito de Lisboa, o presidente da República – todos estão envolvidos em ver o retorno concreto do investimento que fizeram ao trazer o Web Summit para o país. É uma estratégia muito bem montada de criar uma nova indústria de tecnologia em um país com poucas vocações econômicas.
Então acho que para que o Brasil se consolide como um hub tecnológico e de cripto, o Web Summit não pode ser uma iniciativa isolada e pontual. Precisa ser o catalisador de uma nova mentalidade que precisa ser abraçada por nossos políticos, empresários e instituições de ensino.
Presença de toda a equipe
Desta vez, estou muito entusiasmada para levar nosso time todo. Afinal, nos festivais que frequentamos fora do Brasil, é sempre um desafio levar um time muito grande, pois o investimento é mais alto. Vamos sempre com uma equipe reduzida.
Mas, o Web Summit Rio é a oportunidade que a gente queria para que a nossa equipe quase toda finalmente aproveite junta um festival de inovação. Também achamos importante estar presentes em um evento dessa magnitude porque, além de levarmos time e um grupo de clientes, também voltamos com muito conteúdo que compartilhamos em nossos projetos.
Experiência em edições anteriores
Em 2021 e 2022 levamos clientes com curadoria individual. São executivos, fundadores, empreendedores, profissionais liberais e pessoas em transição de carreira que não querem apenas ir aos festivais, mas querem potencializar sua experiência. Querem ir com foco em suas áreas de interesse, aprender sobre temas relevantes para o seu negócio, ou ter contato com algum tema inédito.
E é isso que fazemos: ajudamos nossos clientes a terem uma experiência imersiva de qualidade e máximo aproveitamento, em um grupo qualificado e onde as trocas também são riquíssimas. Em 2022, também fomos responsáveis por levar a InvestSP; além de fazer a curadoria da missão de empresários que eles levaram, montamos um painel patrocinado por eles que reuniu o presidente da instituição e a Fernanda Feitosa, fundadora da SP Arte. Além disso, também fizemos um stand para eles onde recebiam os visitantes.
Diferença entre Lisboa e Rio de Janeiro
Ao contrário do que muita gente pensa, ele não será um festival “brasileiro” – e sim um festival global no Brasil, que vai seguir a mesma linha de todos os demais festivais organizados pelo Web Summit no mundo. Então, vai ter speakers internacionais, a língua oficial será o inglês, as trilhas de conteúdo serão parecidas. A principal diferença será o tamanho: o evento de Lisboa recebe anualmente cerca de 75 mil pessoas, e para a primeira edição no Rio a expectativa é ficar entre 16 mil e 20 mil. Acho que o potencial aqui é de ser ainda maior que a versão europeia!
Saiba tudo sobre o Web Summit
O Web Summit acontecerá no Rio de Janeiro em maio de 2023, na primeira edição do evento fora da Europa. Os ingressos já estão sendo vendidos, e se você quiser saber tudo sobre o evento, basta clicar aqui.
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