O que fez o preço do bitcoin terminar junho em valorização no mercado?

Criptomoeda quebrou recorde de 2023 no último mês e agora segue para vencer uma resistência próxima a US$ 32 mil

Por Redação  /  4 de julho de 2023
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O preço do bitcoin (BTC) teve uma importante valorização acumulada em junho de 2023 no mercado cripto. Depois de registrar o pior desempenho do ano no mês anterior, a criptomoeda conseguiu se recuperar ao se aproximar de US$ 31 mil recentemente.

De acordo com dados do Coinglass, o preço do bitcoin terminou junho com uma valorização acumulada de quase 12%. Desde 2019, a criptomoeda não registrava um mês de junho em alta.

preco do bitcoin
Fonte: Coinglass

Mas, afinal, o que fez o preço do bitcoin subir no último mês? Embora a SEC dos EUA tenha sinalizado irregularidades cometidas por grandes empresas do mercado cripto, o interesse institucional na criptomoeda foi um dos motivos por trás dessa alta no último mês.

Preço do bitcoin decola em junho

O preço do bitcoin iniciou 2023 com grandes expectativas. No entanto, entre abril e maio uma desvalorização fez a criptomoeda cair novamente. Mas, junho reverteu a queda dos meses anteriores, impulsionando o BTC a atingir o nível de resistência de US$ 31 mil mais uma vez.

Segundo dados do desempenho do bitcoin em junho, a criptomoeda acumulou 11,98% de valorização. Antes de julho começar, o BTC voltou a ser cotado acima de US$ 30 mil, e agora, a cotação está acima de US$ 31 mil, através do par BTC/USD.

Uma análise publicada pela Transfero, afirma que a criptomoeda iniciou o mês em queda, mas uma importante recuperação foi iniciada antes de junho terminar. A análise cita que o mercado cripto vivencia um bom momento.

A alta registrada em junho fez até a criptomoeda registrar uma nova máxima de preço em 2023. Considerando dados até o dia 29 de junho, o recorde anual do bitcoin foi de US$ 31,4 mil no mercado cripto.

“O mês de junho foi marcado por uma série de eventos que influenciaram o preço do BTC. Inicialmente, houve uma queda significativa, levando o preço a atingir a mínima dos últimos dois meses em US$ 24.800 USD em 15 de junho. No entanto, o BTC ressurgiu com força e alcançou a máxima de US$ 31.431 em 23 de junho, o maior valor em quase 12 meses. Esse movimento ocorreu em um intervalo de apenas uma semana.”

O que fez o BTC subir?

O principal motivo atrelado à valorização do bitcoin no último mês está relacionado a pedidos de ETFs apresentados à SEC dos Estados Unidos. Grandes gestoras, como a BlackRock, tentam aprovar fundos de investimentos com exposição em criptomoedas como o BTC.

A análise da Transfero comenta sobre esse evento que foi considerado benéfico para todo o mercado cripto. Depois de começar junho com uma queda de 9%, a criptomoeda se recuperou com os pedidos de ETFs encaminhados à SEC.

“Após esse começo caótico, no qual o preço do Bitcoin chegou a cair quase 9% em relação à abertura do mês, ocorreu uma forte recuperação devido à BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, que formalmente solicitou à SEC um ETF de BTC spot. Um ETF (Exchange Traded Fund) é um fundo de investimento negociado em bolsa que acompanha o preço de um determinado ativo, nesse caso, o Bitcoin.”

ETF de bitcoin

O mercado cripto espera pela aprovação de ETFs com exposição em bitcoin pela SEC dos Estados Unidos. A autarquia está analisando pedidos de gestoras como a BlackRock, que apresentou um fundo de investimento spot com 100% de exposição na criptomoeda.

Para a Transfero, a aprovação de um ETF desse tipo pode beneficiar o mercado cripto, além de reverberar positivamente no preço do BTC. Mais fundos de investimento com criptomoeda significa também mais oferta de criptomoedas para investidores institucionais.

“A aprovação de um ETF de Bitcoin seria benéfica, pois proporcionaria acesso mais amplo ao mercado, atraindo novos investidores, incluindo institucionais. Isso aumentaria a demanda e, consequentemente, a liquidez geral do Bitcoin. Além de tudo, traria maior credibilidade e confiança devido à aprovação dos órgãos reguladores, o que poderia atrair ainda mais capital institucional.”

Stablecoin também influenciou mercado cripto

O mercado cripto presenciou o colapso da stablecoin UST, da rede Terra/Luna, que influenciou em uma desvalorização geral das criptomoedas. Além dessa stablecoin, outros ativos digitais sofreram perdas e problemas com reservas, como a USDC.

Dessa forma, um fortalecimento da tether (USDT) foi registrado no mercado cripto. A stablecoin, com preço atrelado ao dólar norte-americano, aumentou sua posição entre as stablecoins mais utilizadas pelos investidores cripto.

Além disso, uma grande emissão de USDT pode ter refletido no preço do bitcoin no último mês. A análise publicada pela Transfero cita que o evento foi considerado positivo pelo mercado cripto, mas também gera incertezas devido à inconsistência de outros projetos de moedas digitais com preço estável.

“No início do mês, a Tether (USDT), a principal stablecoin de dólar do mercado, atingiu seu valor mais alto de mercado, ultrapassando os 83,2 bilhões de dólares. Embora essa notícia tenha sido positiva para o ecossistema cripto, ela foi impulsionada pelos problemas enfrentados por seus principais concorrentes, como o USDC e o BUSD, cujos valores de mercado têm caído mensalmente.”

Depois de terminar junho em valorização, o preço do bitcoin continua em alta no mercado cripto. Nos primeiros dias de julho, a criptomoeda voltou a ser cotada acima de US$ 31 mil. Dados do Coinglass mostram que, em quatro dias, o BTC já acumulou 1,34% de alta no mês. O próximo passo da criptomoeda pode ser enfrentar um nível de resistência próximo de US$ 32 mil.

Acesse este link e saiba porquê maio de 2023 foi o pior mês para o bitcoin no ano. Logo após ser considerado o investimento de maior retorno no mercado, a criptomoeda despencou, terminado maio com 6,98% de desvalorização acumulada.


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