NFTs são alternativa para identidade digital auto-soberana

Mais do que colecionáveis ou itens que podem ser comercializados, os tokens não fungíveis são uma possibilidade para armazenamento de dados pessoais digitais

Por Redação  /  23 de dezembro de 2021
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Já ouviu falar em identidade digital auto-soberana? O termo se refere a uma forma de as pessoas (ou organizações) terem total propriedade sobre suas identidades digitais e/ou analógicas. Assim, é possível controlar como as informações individuais são acessadas e utilizadas no ambiente digital.

Os dados são validados por meio de assinatura digital, como ocorre em qualquer blockchain, mas também poderão ser armazenados em tokens não fungíveis (NFTs). Neste caso, os tokens são considerados “NFTs de utilidade”, no sentido de que não podem ser comercializados ou trocados, mas que existem para provar a propriedade dos dados e sua autenticidade. 

Quais as vantagens de usar NFTs como identidade auto-soberana?

Existem diversos benefícios, desde o fato de todos os seus dados estarem em um único arquivo digital até a certeza de que estão criptografados e protegidos. Por exemplo, por meio disso é possível armazenar diversas senhas de diferentes serviços, documentos de identificação convencionais e até registros médicos, como exames e histórico de saúde. 

Em redes sociais, se as postagens forem assinadas digitalmente, a autenticidade do autor será mais facilmente verificada, o que pode ser um importante instrumento para combater fake news e desinformação. Afinal, conteúdos sem autenticação criptográfica poderão ser considerados suspeitos ou falsos. 

Outro ponto positivo é que, ao ter certeza da autenticidade dos dados, as transações comerciais tendem a ser mais ágeis. As pessoas passam a confiar no serviço ou profissional que estão contratando, o que simplifica negociações e pagamentos descentralizados. 

No universo dos games e com a tendência play-to-earn, também será mais fácil aos jogadores construírem sua reputação. Já em e-commerces, cada vez mais será simples personalizar as compras e escolher exatamente quais dados quer compartilhar. 

Estas e outras inovações são citadas em artigo de Jeff Wilser para o Coindesk. Segundo ele, “isso é só o começo e a criatividade é o limite”.