Swap: descubra o que é e para o que serve em DeFi

Operações de swap podem trazer ganhos financeiros no curto prazo, inclusive no mercado cripto

Por Redação  /  22 de março de 2022
© - Shutterstock

Não é incomum que pessoas físicas, empresas ou mesmo instituições financeiras façam operações de swap, termo que pode despertar dúvidas. Você sabe o que significa e para que serve esse instrumento financeiro?

Preparamos este conteúdo para esclarecer o que é swap e como a operação funciona quando se trata de criptoativos, sendo usada por traders que visam ganhos financeiros no curto prazo.

Swap é um derivativo

Para entender melhor, vale explicar que o swap funciona como um derivativo, ou seja, trata-se de um instrumento financeiro com valor econômico de um ativo, que é usado como referência. Esse ativo pode ser uma moeda, uma commodity ou outro ativo financeiro, incluindo criptoativos.

O termo, em inglês, significa troca. Assim, um contrato de swap indica exatamente a mesma coisa, ou seja, uma troca ou substituição – por exemplo, de um índice de reajuste. Para ilustrar, imagine que você tem uma dívida cujo montante é corrigido pela inflação. Por meio de um contrato de swap, ela pode ser atualizada por outro índice, de acordo com a negociação com a outra parte.

Qual a vantagem do swap?

Os contratos são feitos para propiciar maior segurança no caso de amortização de dívidas ou com o intuito de proporcionar ganhos financeiros, já que a troca de indexadores pode alterar os valores.

Por exemplo, se ocorre queda na taxa de juros ou alta da inflação, ou mesmo valorização/ desvalorização de uma moeda, o valor a ser pago ou recebido também se altera. Assim, alguém com negócios no exterior pode considerar mais interessante ter como base de cálculo para reajuste de suas dívidas a cotação do dólar, enquanto outra pessoa ou empresa que atue exclusivamente no Brasil prefira exatamente o inverso.

Os contratos tradicionais são muito utilizados por empresas cujas operações são afetadas pelo câmbio, pela volatilidade de commodities ou do mercado de ações. Já o swap em criptoativos costuma ser um instrumento utilizado por traders, para ganhos financeiros no curto prazo.

O que é um swap de criptoativos?

A operação funciona da mesma forma que os demais tipos de swap, mas no caso a troca é entre criptomoedas ou tokens, que passam de uma blockchain para outra. Isso normalmente é feito com o intuito de obter ganhos rápidos com a alta de determinados ativos.

Além disso, o swap também acontece quando os projetos se utilizam de uma blockchain para arrecadar recursos e depois retornam seus ativos para sua própria rede. Neste caso, quem guarda os tokens em uma exchange normalmente não precisa fazer nada quando ocorre o swap, pois a maioria delas faz isso automaticamente e o usuário recebe o saldo.

Mas quem mantém os criptoativos em uma wallet própria deve ter o cuidado de registrá-los dentro do prazo, para garantir que sejam migrados para a nova blockchain. Para tanto, é necessário seguir as orientações dos desenvolvedores, pois, caso o registro não seja feito, os tokens antigos podem ficar congelados e inacessíveis.

Quais os tipos de swap?

No mercado financeiro existem modelos distintos de swap, que mudam conforme o ativo utilizado como referência.

O swap cambial é um dos mais frequentemente utilizados, referindo-se, basicamente, à troca de variação cambial de moedas. Ou seja, a volatilidade de uma determinada moeda é substituída por uma taxa de juros definida antecipadamente. O swap de índices funciona da mesma maneira, mas se refere à troca de indexadores, tais como IGP-M e IPC, por exemplo.

O swap de taxa de juros também se refere a uma troca de indexadores. No caso, no entanto, uma das partes possui uma taxa de juros fixa, mas prefere ter uma taxa de juros variável, enquanto a outra tem o interesse contrário. A vantagem, neste caso, é que uma taxa flutuante pode ser interessante para o mutuário se os juros caírem, ou para o credor, se os juros subirem.

Por fim, o swap de commodities se refere à variação das cotações das respectivas commodities envolvidas no contrato.