O Brasil tem alguns números interessantes no mercado financeiro. Ao mesmo tempo que existem 40 milhões de desbancarizados no Brasil, há mais smartphones que pessoas no país, 220 milhões. E isso pode ajudar a resolver essa equação.
O grande desafio é como colocar essas pessoas dentro do sistema financeiro. E as empresas crypto estão debruçadas sobre isso. A avaliação é do diretor de Riscos da Uzzo, Rodrigo Nunes, que participou na terça-feira (29) do FuturePayment, evento vertical do FutureCom 2019, em São Paulo.
Na avaliação do executivo, as criptomoedas vão destravar quando o ambiente tradicional estiver andando lado a lado com o crypto. E é preciso olhar tanto para os desbancarizados crypto e tradicional.
QR Code deve ajudar desbancarizados no Brasil
O novo arranjo de pagamentos do Banco Central brasileiro, em 2013, já foi um primeiro passo nessa direção. A partir dele, nasceram as contas digitais que estão se popularizando cada vez mais. O desafio é trazer as criptomoedas para dentro desse sistema de contas.
A tecnologia de QR Code deve ser uma grande aliada nesse sentido. Ela é vista como a próxima grande tendência de pagamentos. “As criptomoedas têm de ter a capacidade de fazer o meio de campo para que os clientes possam usá-las como meio de pagamento”, afirmou.
A diretora da ABCripto, Natália Garcia, também presente ao evento, vai na mesma direção. “40% das pessoas só usam dinheiro em espécie. E se elas migrassem para o mundo digital?”, questionou.