Um novo relatório divulgado recentemente pela BlackRock revela que a maior gestora de ativos do mundo pretende oferecer serviços financeiros voltados para moedas digitais.
De acordo com o CEO da empresa, Larry Fink, a BlackRock está analisando “moedas digitais podem ajudar a reduzir os custos de pagamentos transfronteiriços”. Em uma análise do mercado financeiro após o início da guerra na Ucrânia, Fink alerta para uma nova composição econômica mundial.
O estudo afirma que a economia global será dissociada com a guerra na Ucrânia. Além disso, a BlackRock fala sobre a desglobalização da economia, um movimento que foi iniciado durante a pandemia e que poderá ser mantido como forma de proteção econômica por países que enfrentam altos índices de inflação.
Para o especialista, o conflito entre a Ucrânia e a Rússia pode acelerar ainda a adoção mundial de moedas digitais como o bitcoin. O novo posicionamento do CEO da BlackRock apresenta uma mudança no comportamento da gestora de ativos digitais em relação às moedas digitais. Antes disso, em julho de 2021 Larry Fink avaliou que a demanda por ativos digitais era insuficiente para a BlackRock considerar sua adoção.
Ainda em fevereiro de 2022, a empresa sinalizou que pode oferecer empréstimos com custódia em criptoativos. A BlackRock também investe no mercado cripto, e no final de 2021 a gestora participou de uma rodada de investimentos da FTX Trading, no valor de US$ 420 milhões.
Moedas digitais e pagamentos
Ao falar sobre a oferta de serviços relacionados às moedas digitais, a BlackRock destaca que transações internacionais podem ser integradas em uma ferramenta digital.
A gestora de ativos ilustrou que será preciso criar um novo sistema de pagamentos digitais no mundo, para melhorar a liquidez e a dependência de moedas fiduciárias que são suscetíveis à inflação.
O CEO da empresa disse ainda que essa nova plataforma digital poderia ser utilizada como um instrumento de combate à lavagem de dinheiro e a prática de corrupção.
“Um sistema global de pagamento digital, cuidadosamente projetado, pode melhorar a liquidação de transações internacionais, reduzindo o risco de lavagem de dinheiro e corrupção.”
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