O Banco Central do Brasil também se rendeu ao mundo crypto e terá sua própria blockchain. O órgão está desenvolvendo uma plataforma para pagamentos através da tecnologia, que permitirá a realização de pagamentos instantâneos sem a utilização de cartões. Desse modo, o sistema de pagamentos será conectado a bancos, clientes e empresas.
Além de ser considerada mais rápida que os sistemas tradicionais para envios de remessas, a blockchain pode ser também considerado mais segura. Amplamente utilizada no ecossistema de criptomoedas, dessa vez será uma instituição financeira do sistema tradicional a incorporar a blockchain em sua configuração.
O custo total para o desenvolvimento da tecnologia será de R$ 4,3 milhões. Para a manutenção da plataforma blockchain, o Banco Central deverá desembolsar R$ 1,2 milhão anualmente.
Banco Central poderá acabar com TED e DOC
O novo sistema de pagamentos poderá reestruturar o mercado financeiro nacional. Com a implantação do novo serviço, outros produtos deverão ser considerados obsoletos. Como a blockchain permite o envio de remessas em poucos segundos, o Banco Central poderá realizar transações de forma praticamente instantânea.
Assim, é possível que alguns sistemas atuais de envio de dinheiro sejam completamente descontinuados. Serviços de transferências conhecidos como (TED) e (DOC), por exemplo, que têm alto custo e demoram para ser compensados, devem desaparecer.
Outro forte impacto será nos cartões de crédito, já que o projeto permitirá, além do envio de remessas, o pagamento de contas através da plataforma. O diferencial está no processo de verificação da transação, que deverá ocorrer de forma imediata.
Desse modo, compras com cartões de crédito serão substituídas por um sistema que utiliza a tecnologia blockchain. A grande aposta está em aperfeiçoar o sistema de pagamento com cartões. Ao invés de cartões de crédito, os usuários deverão utilizar o celular para concluir suas compras.
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Brasileiros terão cadastro em blockchain
O Banco Central do Brasil trabalha em um sistema de pagamento via blockchain desde 2018. Com a previsão de lançamento para cerca de um ano, a plataforma permitirá que os brasileiros enviem remessas e paguem por contas em um sistema que utiliza a tecnologia blockchain. Mas como será feita essa integração?
Atualmente existe uma conexão de informações limitada entre bancos e o Banco Central. A compensação de transferências e depósitos acontece de forma lenta e, em alguns casos, até de forma manual. Com a nova plataforma, possivelmente cada cidadão deverá ter um usuário no novo sistema do governo brasileiro.
Esse cadastro poderá ser criado separadamente com informações que os usuários já utilizam. Ou ainda, com apenas o CPF pode ser que qualquer um conseguirá criar um perfil na plataforma que está sendo desenvolvida.
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