A estimativa é de que temos, atualmente, 300 milhões de pessoas usando bitcoin. Em janeiro de 2021, eram 135 milhões, número semelhante à quantidade de usuários de internet em 1997. Isso, segundo o analista Willy Woo (que, inclusive, desenvolveu um gráfico que mostra as janelas de oportunidade para compra de BTC), aponta que a curva de adoção do BTC é mais rápida do que a de internet.
“A curva de adoção do bitcoin é mais rápida do que qualquer outra inovação anterior. Seu uso está crescendo de forma mais ágil do que a internet, os smartphones e até mesmo os bancos virtuais”, disse ele, em seu Twitter.
Embora seus cálculos possam conter alguma margem de erro, uma vez que as carteiras anônimas impedem a identificação precisa de usuários únicos, Woo afirma que as estimativas são baseadas em análises de blockchain por ferramentas especializadas.
Corroborando com seus dados, o perfil do Twitter Documenting Bitcoin também comparou o número de usuários do BTC com a quantidade de pessoas que utilizam a internet, mostrando o expressivo crescimento dos criptoativos em relação a outras inovações.
Curva de adoção pode ser ainda mais rápida, mostra relatório
Vale explicar que a curva de adoção de uma tecnologia é um modelo sociológico que descreve a forma como um novo produto é aceito, de acordo com características demográficas e psicológicas de determinados grupos.
O primeiro estágio dessa curva, normalmente, é composto por aquelas pessoas conhecidas como “inovadoras”, que se antecipam às tendências. Isso representa 2,5% da população mundial, ou cerca de 155 milhões de pessoas – número bastante próximo do identificado por Woo em 2021.
Embora os dados sejam do ano passado, a perspectiva de crescimento do adoção ainda permanece em alta, seja em função das novas regulamentações que estão surgindo e promovendo maior segurança aos usuários, seja porque alguns países também passaram a usar criptoativos, como no caso de El Salvador. Um relatório mais recente da corretora Crypto.com mostra que o número de pessoas com criptomoedas em suas carteiras eletrônicas pode atingir 1 bilhão até o final de 2022.
Para Safiri Felix, diretor de Produtos e Parcerias da Transfero, os criptoativos são uma força difícil de ser interrompida. Além do bitcoin e a sua base de adeptos cada vez mais consolidada, também vem ganhando força o interesse por DeFi e pela web3, o que comprova o potencial da tecnologia blockchain para atingir utilização massificada ao longo do tempo.
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