A inflação nos EUA e o bitcoin: qual é a relação?

Como o aumento da inflação norte-americana impacta o valor do bitcoin?

Por Redação  /  14 de julho de 2022
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Em 12 de julho, o preço do bitcoin ficou estável antes da divulgação dos dados de inflação dos EUA, que por sua vez injetou ainda mais volatilidade no ativo, de acordo com análise da Transfero.

A notícia de que a inflação nos Estados Unidos ultrapassou 9,1%, o nível mais alto desde novembro de 1981, de acordo com o novo relatório do CPI de junho, confirmou a tendência de queda no bitcoin e no mercado de criptoativos em geral.

Atualmente, o bitcoin está sendo negociado a US$ 19.700, queda de 2,09% no dia e 5,06% na semana, com um valor total de mercado de US$ 378 bilhões, de acordo com dados da CoinMarketCap.

O principal ativo digital perdeu US$ 15 bilhões de sua capitalização de mercado no espaço de cerca de dez minutos, ao cair de US$ 379,91 bilhões para US$ 364,55 bilhões, após o surgimento de notícias com o relatório negativo do CPI de junho.

Os dados sobre a inflação, que chegaram bem acima do previsto, pressionaram ainda mais o Federal Reserve dos Estados Unidos a elevar os juros. 

Com esse cenário, o bitcoin, juntamente com outros ativos de risco, sofreu uma perda significativa de valor este ano, caindo cerca de 72%, uma vez que falhou até agora em servir como hedge de inflação. 

Os fortes dados de emprego divulgados na semana passada enviaram um sinal de que o Federal Reserve seria capaz de realizar um pouso suave, evitando assim uma recessão, apesar do aumento substancial das taxas de juros. Este foi o caso, apesar do fato de que as taxas de juros têm subido rapidamente.

Enquanto isso, depois de atingir um mínimo de US$ 17.600 em junho, a visão geral entre os investidores era de que o bitcoin sofreria mais uma queda no curto prazo. De acordo com a análise da Transfero, o foco em uma estratégia de médio e longo prazos pode ser uma opção relevante dentro desse cenário.

“Pensar em uma estratégia de médio/longo prazo seria bem interessante, como o Dolar Cost Averaging, na qual se divide montante inicial em parcelas iguais para ser aportado em períodos igualmente espaçados, independentemente da cotação do ativo nas datas de compra”.


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