A PwC, com o suporte da Crypto Valley Association, publicaram recentemente o 5º relatório Global ICO/STO. O documento faz uma avaliação do mercado de ativos digitais nos cinco primeiros meses do ano e oferece informações estratégicas sobre o mercado de criptomoedas no período. Uma das principais conclusões é o fim do “inverno crypto”.
Segundo o documento, a retomada do mercado foi favorecida pelo avanço da regulação, somada ao maior interesse de investidores institucionais nos ativos digitais. Além dissso, embora o relatório não fale especificamente sobre a moeda do Facebook, o “efeito libra” está sendo amplamente debatido. Nos primeiros cinco meses do ano, o bitcoin teve um aumento de valor de 120%.
O relatório também cita as ofertas de tokens no período. De janeiro a maio de 2019, foram contabilizadas 250 ofertas, que arrecadaram US$ 3,3 bilhões. No ano inteiro de 2018, foram 1.132 ofertas, que levantaram mais de US$ 19,5 bilhões. A maior oferta de tokens em 2019 foi da Bitfinex, que levantou US$ 1 bilhão. Com isso, ela ficou no terceiro lugar entre as maiores ofertas já lançadas. Antes dela estão EOS e Telegram.
Comparando as tendências, a conclusão é que o setor de ativos digitais em 2019 pode superar o total levantado em 2017. Porém, a perspectiva é que ficará aquém dos US$ 19,6 bilhões movimentados em 2018.
IEO como mudança fundamental
O relatório também cita as Initial Exchange Offerings (IEO) como uma nova forma de levantar recursos, pela qual um ICO ou STO é conduzido em uma ou diversas plataformas de exchanges crypto. O relatório destaca que, embora exista desde 2017, só agora as IEO ganharam tração.
De acordo com o documento, o caminho das IEO “enfatiza um grau mais elevado de institucionalização de grandes exchanges crypto em todo o mundo como pilares da infraestrutura global de ativos digitais. Também pode ser visto como uma resposta a bolsas estabelecidas que se transformam em crypto”.
Nesse contexto de maior institucionalização das exchanges, o documento destaca as medidas tomadas por exchanges como proteção para eventuais hacks. E cita o fundo de segurança da Binance (SAFU, na sigla em inglês) que cobriu perdas de US$ 41 milhões em 2019.
Adicionalmente, países no mundo todo têm avançado e aprimorado a regulação. Como exemplo, em junho de 2019, a organização intergovernamental Financial Action Task Force (FATF) apresentou novos padrões KYC/AML para empresas de serviço crypto – como exchanges. E os países do G20 já se comprometeram a se adaptar.
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