Os Estados Unidos poderão, em breve, utilizar a blockchain da em um sistema que baseia empréstimos, financiamentos e outros serviços financeiros sob juros. Recentemente, o presidente do FED, o Banco Central do país, deu uma declaração apoiando a ideia.
O que está em jogo é a substituição da taxa LIBOR (Taxa interbancária do mercado de Londres), até o momento uma referência para juros de empréstimos, hipotecas e até financiamento estudantil. Ele leva em conta mercados em dólar, euro, libra, iene e franco suíço.
E justamente a referência AMERIBOR, que funciona na blockchain da Ethereum, que está sendo cotada para substituir a LIBOR. A rede blockchain seria utilizada, portanto, para validar as mudanças nas taxas referenciadas no painel.
O AMERIBOR foi desenvolvido pela American Financial Exchange (AFX). O sistema utiliza dois tokens no padrão ERC-721 para liquidar uma transação. Eles são produzidos no instante em que o processo é iniciado, trazendo consigo dados sobre a transação em si e a contraparte.
Uso da rede da da Ethereum é só a ponta do iceberg
Em 2016, o governador do Federal Reserve, Lael Brainard, que acompanha a tecnologia blockchain há algum tempo disse que reconhecia a blockchain como uma ferramenta que poderia mudar a maneira como os participantes do mercado financeiro transacionam. O FED de Boston estuda de forma low profile a tecnologia desde 2016 e realizou um teste no ano passado com Ethereum e Hyperledger em uma prova de conceito.
O Federal Reserve, como regulador, está atento ao fato de empresas estarem experimentando e usando a tecnologia blockchain. Por isso é natural que, à medida que a adoção do setor privado aumentar, o banco central fique de olho nessas tendências e se adapte a como as mercado e bancos começam a usar a tecnologia.