Em setembro de 2023, a Transfero recebeu a licença do Banco Central do Brasil (BACEN) para atuar como uma instituição de pagamento (IP). Agora, a empresa consegue oferecer uma variedade ainda maior de serviços para clientes e parceiros.
O objetivo da Transfero é atuar como uma ponte entre o sistema financeiro tradicional e o universo cripto. O Transfero App, que já aceita transferência em Pix para quem quer comprar criptomoedas, é apenas um exemplo disso.
Em entrevista ao Valor Econômico, o CFO da Transfero, Carlos Russo, reforçou a importância dessa conexão: “Vamos fazer a ligação do mundo cripto, onde já atuamos com uma série de parceiros, com o mundo financeiro tradicional regulado”.
Mas, o que muda com a Transfero atuando como instituição de pagamento?
O que é uma instituição de pagamento?
Uma instituição de pagamento viabiliza serviços de compra e venda e de movimentação de recursos, possibilitando a realização de pagamentos independentemente de bancos e outras instituições financeiras.
O que significa para a Transfero ser uma instituição de pagamento?
A licença vai proporcionar para a Transfero ainda mais autonomia para as transações de compra e venda de criptomoedas. Mais do que isso, segundo Russo, a intenção é fazer uma conexão ainda maior com o sistema financeiro.
Na prática, a Transfero também pode realizar as seguintes atividades como IP:
- Depósito ou retirada de fundos mantidos em uma conta de pagamento;
- Gestão de contas de pagamento;
- Executar remessa de fundos;
- Converter moeda física ou escritural (BRL) em moeda eletrônica (“saldo” em BRL), ou vice-versa.
Por meio do Transfero App, por exemplo, os clientes vão poder manter contas de pagamento e realizar transações digitais. Outro benefício para esses usuários é a interoperabilidade, permitindo a transferência de dinheiro entre bancos e outras instituições de pagamento.
Além disso, na entrevista ao Valor Econômico, Russo explicou que a Transfero vai oferecer a conexão via Pix e serviço de banco digital do tipo BaaS (Bank as a Service) para clientes do segmento B2B.
A autorização para a Transfero atuar como uma IP é mais um exemplo dos esforços da empresa em se posicionar como uma ponte entre o mercado cripto e o sistema financeiro tradicional.
Nas últimas semanas, Cláudio Just, CBDO da empresa, reforçou, por exemplo, a viabilidade da coexistência entre o real digital e as stablecoins, como o BRZ.