Strategy agora detém quase 3% de todos os bitcoins em circulação

A empresa de Michael Saylor agora possui cerca de US$ 63 bilhões em bitcoin. Isso representa uma parcela considerável de todos os tokens em circulação; o que está por trás dessa confiança?

Rafael Motta  /  24 de junho de 2025
Imagem gerada por Inteligência Artificial Imagem gerada por Inteligência Artificial

A Strategy, empresa de Michael Saylor, aumentou suas reservas em bitcoin em US$ 110 milhões, totalizando cerca de US$ 63 bilhões em ativos digitais, o que representa quase 3% de todos os bitcoins em circulação, equivalentes a 582.000 BTC. A transação foi registrada na SEC e reflete a confiança da empresa no bitcoin como proteção contra a inflação, uma forma superior de propriedade digital e uma solução com risco de contraparte zero. Saylor reafirmou seu otimismo sobre o futuro das criptomoedas, destacando planos para desenvolver instrumentos de crédito lastreados em bitcoin, sem a intenção de criar um banco de bitcoin.

Resumo supervisionado por jornalista.

A empresa de Michael Saylor, Strategy (anteriormente MicroStrategy), fez mais um aporte em criptomoedas: agora, foram adicionados US$ 110 milhões em bitcoin (BTC) às reservas da companhia.

No total, a empresa possui cerca de US$ 63 bilhões em ativos digitais. Segundo dados do CoinMarketCap (12 de junho de 2025), a capitalização de mercado do BTC é de US$ 2,12 trilhões. Isso significa que a Strategy detém quase 3% de todos os ativos em circulação – cerca de 582.000 BTC.

A transação foi registrada na Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulatório norte-americano equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil.

Por que a Strategy confia tanto no bitcoin?

Strategy
Imagem: PJ McDonnell/ Shutterstock

O Executive Chairman da empresa é um dos maiores defensores do uso das criptomoedas. Estes são os principais motivos por trás das suas investidas:

Proteção contra a inflação

Questões socioeconômicas diversas podem afetar a performance das moedas. Saylor acredita que o bitcoin e outros ativos digitais consolidados são “uma forma superior de energia econômica”, mais segura como reserva de valor que assets tradicionais.

Propriedade digital superior

Saylor entende as criptomoedas como “propriedade digital pura e global”. Essa visão é fortalecida pela natureza descentralizada e distribuída dos criptoativos, cujos processos de emissão e autorregulamentação permitem transações internacionais sem dificuldades, além de não estarem necessariamente vinculadas a determinadas tributações.

Risco de contraparte zero

Em entrevista à CNBC, o magnata ressaltou que, ao possuir criptomoedas, os indivíduos estão sujeitos aos riscos de contraparte de bancos, instituições governamentais e outras entidades privadas. Trata-se de um mecanismo de segurança que permite a preservação da riqueza, especialmente no longo prazo.

Strategy está otimista em relação ao futuro

Em maio de 2025, Saylor participou de uma entrevista ao canal Bitcoin Magazine. Questionado sobre a possibilidade de criar um “banco de bitcoin”, ele enfatizou que algo do gênero não faz parte dos planos da empresa.

“Estamos muito mais entusiasmados em ser pioneiros no mundo dos instrumentos de crédito lastreados em bitcoin”, comentou. O motivo por trás dessa decisão é que, por meio da criptoeconomia, um novo conjunto de produtos financeiros poderá ser oferecido aos usuários, tornando-os muito mais acessíveis e personalizados.

Apesar de o empreendedor apoiar a diversificação das carteiras dos clientes, ele optou por realizar aportes unicamente em bitcoin por se tratar da primeira e maior criptomoeda, com liquidez superior à de muitas bolsas de valores.

Por meio da liquidez e segurança, vários produtos e serviços financeiros poderão ser forjados tanto pela Strategy como por várias outras companhias que desejam ingressar na Web3