Considerada uma das principais blockchains do mercado cripto, a Ethereum é a maior plataforma de smart contracts. Para executar as transações de forma ágil e eficiente, a plataforma utiliza uma máquina virtual chamada Ethereum Virtual Machine (EVM).
Essa máquina virtual é integrada a aplicativos descentralizados (dApps) e redes blockchains secundárias compatíveis com a Ethereum. Quer saber mais sobre isso? Continue a leitura!
- O que é EVM?
- Como a EVM funciona?
- Usos da máquina virtual da rede Ethereum
- Tokens
- NFTs
- DAO
- Aplicativos descentralizados
- Prós e contras de uma EVM
O que é EVM?
Ethereum Virtual Machine (EVM) é um sistema capaz de atuar no gerenciamento dos nós da rede Ethereum. Criada por Gavin Wood em 2015, a máquina virtual tem a proposta de executar contratos inteligentes (smart contracts).
Além de executar a maioria dos contratos inteligentes compatíveis com a rede, a EVM pode estabelecer regras de governança para rede e propor novas diretrizes para a Ethereum a cada novo bloco gerado. Por isso, a blockchain virou uma das principais plataformas para soluções DeFi.
Como a EVM funciona?
Desenvolvida em linguagem C++, a EVM opera de forma contínua, o que confere ao ecossistema a possibilidade não somente de atuar diretamente nos nós da rede, como também de gerenciar novos dados inseridos na rede blockchain.
Portanto, esse gerenciamento de dados é determinístico, já que a máquina virtual pretende aprimorar a rede ao estabelecer novas regras para a Ethereum. Para executar contratos inteligentes, a plataforma utiliza funções matemáticas simples.
Os contratos inteligentes são agrupados em diretórios com 1.024 itens. A EVM também utiliza uma memória temporária, atualizada a cada duas transações, para armazenar os dados da rede antes da nova inserção de informações na blockchain.
Além de integrar dApps, a máquina virtual permite criar programas compatíveis com a rede em praticamente qualquer linguagem, por exemplo, Pyton, Solidity e Vyper.
Usos da máquina virtual da rede Ethereum
O principal objetivo da máquina virtual da rede Ethereum é executar contratos inteligentes. Isso permite a integração com projetos e soluções desenvolvidas a partir dessa operação, como:
Tokens
É possível criar tokens na rede Ethereum através da EVM. Para isso, basta obedecer aos padrões da rede blockchain principal do projeto. No caso da Ethereum, o token mais utilizado é o ERC-20.
NFTs
Além dos tokens de criptomoedas, a EVM também permite criar tokens não-fungíveis (NFTs). A máquina virtual é a principal ferramenta de desenvolvimento de NFTs a partir da Ethereum.
DAO
Com a máquina virtual da rede Ethereum é possível criar e gerenciar organizações descentralizadas autônomas (DAOs). Inclusive, a gestão da própria EVM e dos tokens registrados nela dependem de uma rede de colaboradores.
Aplicativos descentralizados
A Ethereum se transformou no principal ecossistema de integração de aplicativos descentralizados do mercado cripto. Por oferecer uma EVM com compatibilidade com inúmeras linguagens programacionais, a rede suporta dApps baseados em blockchain que executam contratos inteligentes.
Assim, ela é uma plataforma para desenvolver projetos cripto distintos.
Prós e contras de uma EVM
Embora a EVM seja apontada como o futuro da descentralização do mercado cripto, a máquina virtual pode apresentar limitações para a rede Ethereum. Ao mesmo tempo, o ecossistema independente de execução de contratos inteligentes confere à plataforma mais agilidade no processamento de informações.
Por funcionar de forma autônoma, a execução de testes de códigos de programação na EVM não afeta a Ethereum, o que é um dos principais benefícios da máquina virtual. Assim, é possível testar e aprimorar dApps sem afetar os dados da rede principal.
A EVM pode ainda executar contratos inteligentes com inúmeros tipos de consensos de validação de dados. Além de dApps e NFTs, a máquina virtual da Ethereum é um ambiente ideal para o desenvolvimento de soluções para a web 3.0.
Mesmo com um robusto ambiente de execução de contratos inteligentes, a EVM ainda possui altas taxas, assim como acontece nas transações registradas diretamente na Ethereum.
Desse modo, essa é uma das principais desvantagens do uso da máquina virtual. Por mais que a Ethereum Virtual Machine seja compatível com praticamente todas as linguagens de programação, a maioria dos contratos inteligentes executados na EVM estão em Solidity. Com isso, códigos em outras linguagens podem estar mais complexos e, por isso, ter um custo elevado de execução.