Destinos cripto-amigáveis: 5 países para sua próxima viagem com criptomoedas

Destinos como El Salvador, Portugal e Argentina estão se tornando polos de criptoturismo, impulsionados por fatores que vão da adoção do bitcoin como moeda legal a necessidades econômicas, enquanto cartões cripto funcionam como uma solução universal para viajantes em locais com menor aceitação.

Carolina Mattos  /  28 de outubro de 2025
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O criptoturismo, a prática de usar ativos digitais para pagar despesas de viagem, está se tornando uma realidade em diversos países que se destacam pela alta aceitação de criptomoedas. Esses destinos cripto-amigáveis são impulsionados por diferentes fatores, como incentivos governamentais, necessidades econômicas ou uma forte cultura de inovação. Entre os principais exemplos estão El Salvador, o primeiro país a adotar o bitcoin como moeda legal, e locais na Europa como Portugal e Suíça, que se tornaram centros para a comunidade e empresas de Web 3.0.

Na América do Sul, a Argentina se destaca pela adoção impulsionada pela alta inflação, o que tornou o comércio local mais receptivo a pagamentos com cripto. O Brasil também avança como um mercado relevante, com iniciativas de inovação e aceitação crescente no comércio de cidades como o Rio de Janeiro. Para destinos onde a aceitação direta ainda é limitada, a solução mais prática para os viajantes são os cartões cripto, que permitem o uso do saldo em criptomoedas em qualquer estabelecimento que aceite bandeiras tradicionais, funcionando como uma ponte para o sistema financeiro convencional.

Resumo supervisionado por jornalista.

A liberdade de usar ativos digitais para pagar todas as despesas de uma viagem, da hospedagem ao café, já tem um nome: criptoturismo. Esse movimento crescente elimina preocupações com casas de câmbio e taxas de cartão de crédito, tornando um cenário que parecia futurista em realidade.

Enquanto a adoção global de criptomoedas avança, alguns países se destacaram, criando ecossistemas onde a tecnologia blockchain e os ativos digitais estão integrados ao dia a dia do comércio. Seja por incentivos governamentais, necessidade econômica ou uma forte cultura de inovação, esses destinos se tornaram verdadeiros paraísos para quem deseja viajar usando bitcoin, ethereum ou stablecoins.

Se você está planejando um roteiro e quer vivenciar essa nova forma de viajar, este guia apresenta 5 destinos cripto-amigáveis que estão na vanguarda da aceitação de criptoativos.

1. El Salvador: o berço do bitcoin como moeda legal

Não poderíamos começar por outro lugar. El Salvador entrou para a história em 2021 ao se tornar o primeiro país do mundo a adotar o bitcoin como moeda de curso legal. Essa decisão transformou a nação em um experimento para a economia do bitcoin e, consequentemente, em um destino obrigatório para entusiastas de cripto.

Na prática, a aceitação é ampla em todo o país, com grandes redes como McDonald’s e Starbucks processando pagamentos em bitcoin. A experiência mais autêntica, no entanto, está na região costeira de El Zonte, apelidada de “Bitcoin Beach”. Lá, a economia local foi construída em torno do bitcoin, e é possível pagar por aulas de surfe, refeições em restaurantes locais e acomodações diretamente de sua wallet.

Dica de viajante cripto: Em El Salvador, a maioria dos pagamentos do dia a dia é feita via Lightning Network, uma segunda camada do Bitcoin que permite transações quase instantâneas e com taxas muito baixas. Certifique-se de usar uma wallet compatível com essa tecnologia.

2. Portugal: o hub de nômades digitais e cripto na europa

Portugal, especialmente sua capital, Lisboa, e a ilha da Madeira, tornou-se um dos centros mais vibrantes para a comunidade cripto na Europa. O país atraiu talentos e empresas de Web 3.0 pelo regime fiscal historicamente favorável para ganhos com criptoativos e uma alta qualidade de vida.

O resultado é um ecossistema onde a aceitação de criptomoedas cresce rapidamente. Em Lisboa, é possível encontrar desde restaurantes e bares até galerias de arte e barbearias que aceitam pagamentos em cripto. A cidade também é palco de grandes eventos do setor, o que fortalece ainda mais a comunidade local e incentiva a adoção no comércio.

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3. Suíça: o coração do “crypto valley”

A Suíça tem uma longa reputação como um centro financeiro global, e essa tradição se estendeu naturalmente para o universo dos ativos digitais. A cidade de Zug é o epicentro desse movimento, sendo mundialmente conhecida como o “Crypto Valley”. Ela abriga a sede de centenas de empresas e fundações de blockchain, incluindo a Ethereum Foundation.

Para o turista, isso significa uma infraestrutura robusta. Em Zug e em grandes cidades como Zurique e Genebra, a aceitação de criptoativos vai além do turismo. É possível pagar por serviços públicos, mensalidades e uma variedade de produtos no varejo. 

A Suíça representa a maturidade do mercado, onde a tecnologia é vista com seriedade e integrada à economia formal.

4. Argentina: a adoção impulsionada pela necessidade

O cenário na Argentina é um exemplo de como as criptomoedas podem oferecer soluções para problemas econômicos reais. Com um histórico de inflação alta e controles cambiais rígidos, a população local adotou as criptos, especialmente as stablecoins atreladas ao dólar, como uma forma de proteger seu patrimônio.

Essa adoção de base (“bottom-up”) tornou o comércio em cidades como Buenos Aires muito mais receptivo a pagamentos em cripto. Para o turista, isso significa uma maior flexibilidade. Além de usar seus ativos em agências de viagem e hotéis, é comum encontrar freelancers, guias turísticos e até mesmo lojas de varejo dispostos a receber em cripto, muitas vezes oferecendo condições mais favoráveis do que o câmbio oficial.

5. Brasil: inovação e crescimento no cenário cripto

O Brasil tem se consolidado como um dos maiores mercados de criptoativos da América Latina, e o turismo não fica de fora. Embora a aceitação ainda não seja tão generalizada como em El Salvador, iniciativas importantes estão surgindo, especialmente no Rio de Janeiro.

A cidade tem fomentado um ambiente de inovação, com a criação do “Cripto Arpoador” e projetos que visam expandir a aceitação de criptoativos em hotéis, restaurantes e no comércio, como o Supermercado Zona Sul

Essa presença de uma comunidade ativa e o interesse do poder público em parcerias para o setor indicam um enorme potencial de crescimento para o criptoturismo no país.

Prepare-se para sua jornada cripto

Explorar esses destinos cripto-amigáveis é uma excelente maneira de vivenciar o futuro das finanças na prática. No entanto, o que fazer se o seu destino dos sonhos ainda não estiver nesta lista?

A solução mais prática e universal é um cartão cripto, que permite que você use seu saldo em criptomoedas em qualquer lugar do mundo que aceite bandeiras tradicionais. Ele funciona como a ponte perfeita, convertendo seus ativos para a moeda local no momento da compra.

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