Um ano atrás, o bitcoin fechava 2021 com uma pequena queda, após atingir o seu preço mais alto em sua história, em 8 de novembro: US$ 65 mil. Para a virada de 2022 para 2023, o cenário é bastante diferente com o bear market consolidado, mas quais são os motivos para uma desvalorização acima dos 60% desse ativo?
De acordo com a equipe de research da Transfero Prime, o processo de correção de mercado, após a alta expressiva em consequência do halving, é saudável e necessário. Além disso, alguns fatores externos impactaram o preço do ativo.
O que acha, então, de entender um pouco mais sobre esse ciclo e o impacto no preço do bitcoin?
Continue a leitura para entender!
Fatores externos que impactaram o preço do bitcoin
Característica intrínseca do bitcoin, o halving é o mecanismo utilizado para garantir a escassez do ativo e, consequentemente, a sua valorização.
Para Lucas Panisset, Advisor da Transfero Prime, a desvalorização do bitcoin ao longo de 2022 se deve ao cenário macroeconômico desfavorável para investimentos em ativos de risco.
“É natural que o valor do bitcoin caia, uma vez que grandes potências mundiais enfrentam inflação nos maiores níveis da história, com risco de recessão, além da guerra entre Rússia e Ucrânia, como também a guerra política entre China e Taiwan”.
Além disso, os bancos centrais aumentaram muito as taxas de juros, a fim de reduzir a inflação, e a economia retraiu, levando os ativos de risco a uma depreciação. Como o mercado de criptoativos tem uma alta correlação com as bolsas americanas, ele também sofreu nesse cenário.
“Esse ano passamos por um bear marketing, com forças baixistas dominantes, resultando nessa desvalorização do bitcoin. Mas essa mesma queda aconteceu em outros halvings”.
Lucas Panisset reforça que compreender esse fundamento é essencial para tomar as melhores decisões. Ele destaca que é natural uma alta muito forte após o halving ser seguida de uma correção, também agressiva, nos preços nos anos seguintes.
“A redução pela metade de bitcoins emitidos por bloco gera esse choque de oferta. Se a demanda se mantém estável e a oferta cai pela metade, a tendência é de que o preço suba, o que foi comprovado nos últimos três halvings”.
Momento oportuno para o DCA
A tendência de baixa no mercado, destaca Lucas, reforça os pontos positivos que a estratégia de DCA (Dollar Costing Averaging) pode oferecer. O objetivo é simples: realizar aportes periódicos para reduzir o impacto da volatilidade do bitcoin. Tudo isso ainda considerando a tendência de alta no próximo halving do ativo.
“O cenário macro não é tão favorável para mudanças significativas de valorização do bitcoin, mas o choque de oferta vai acontecer novamente nos próximos anos e é importante já se posicionar para a próxima movimentação de alta desse ativo”.
Não foi só o bitcoin que ficou marcado pela desvalorização ao longo de 2022, todo o mercado foi impactado como um todo pelo bear market. Conheça melhor as características desse período.